Flexibilização do mercado de trabalho : uma análise ética da crise económica portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/28558 |
Resumo: | A presente investigação analisa as implicações éticas e sociais da flexibilização do mercado laboral e das medidas de ajustamento que ocorreram no período da crise económica e financeira começada em 2008. Procura-se perceber a dimensão que a ética tem na economia, e nomeadamente no mercado laboral. São igualmente abordados e analisados conceitos como o capitalismo e a noção de “espírito do capitalismo”, os direitos laborais, a precariedade e a austeridade. É igualmente feita uma breve abordagem à história da mais recente crise económicofinanceira, desde a sua origem até atingir Portugal. Conclui-se que as medidas de ajustamento e as medidas de flexibilização do mercado de trabalho colocaram em causa os mínimos de proteção social, segurança laboral e bem estar que respeite cada um e vise a realização do seu potencial. Isto ficou patente na forma como a crise, e estas medidas, atingiram de forma desigual as pessoas, penalizando de forma mais evidente o fator trabalho, e os mais pobres. Do ponto de vista dos resultados económicos, vê-se que a destruição de valor causada pelas políticas de ajustamento foi significativa, contudo foi possível corrigir desequilíbrios macroeconómicos, reduzir o défice, a dívida pública e criar emprego. Assim, o ajustamento era necessário de um ponto de vista económico, e alguns dos resultados são positivos. Porém, no que diz respeito à criação de emprego, a qualidade dos novos postos de trabalho entretanto criados é inferior à dos destruídos antes da crise, dado que o novo emprego é em geral mal remunerado e precário. Conclui-se igualmente que a manutenção de padrões adequados de proteção social e segurança laboral é essencial para o desenvolvimento da sociedade em direção ao bem comum. |
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Flexibilização do mercado de trabalho : uma análise ética da crise económica portuguesaCriseÉticaFlexibilidade laboralMedidas de ajustamentoAdjustment policiesCrisisEthicsLabor flexibilityDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Economia e GestãoA presente investigação analisa as implicações éticas e sociais da flexibilização do mercado laboral e das medidas de ajustamento que ocorreram no período da crise económica e financeira começada em 2008. Procura-se perceber a dimensão que a ética tem na economia, e nomeadamente no mercado laboral. São igualmente abordados e analisados conceitos como o capitalismo e a noção de “espírito do capitalismo”, os direitos laborais, a precariedade e a austeridade. É igualmente feita uma breve abordagem à história da mais recente crise económicofinanceira, desde a sua origem até atingir Portugal. Conclui-se que as medidas de ajustamento e as medidas de flexibilização do mercado de trabalho colocaram em causa os mínimos de proteção social, segurança laboral e bem estar que respeite cada um e vise a realização do seu potencial. Isto ficou patente na forma como a crise, e estas medidas, atingiram de forma desigual as pessoas, penalizando de forma mais evidente o fator trabalho, e os mais pobres. Do ponto de vista dos resultados económicos, vê-se que a destruição de valor causada pelas políticas de ajustamento foi significativa, contudo foi possível corrigir desequilíbrios macroeconómicos, reduzir o défice, a dívida pública e criar emprego. Assim, o ajustamento era necessário de um ponto de vista económico, e alguns dos resultados são positivos. Porém, no que diz respeito à criação de emprego, a qualidade dos novos postos de trabalho entretanto criados é inferior à dos destruídos antes da crise, dado que o novo emprego é em geral mal remunerado e precário. Conclui-se igualmente que a manutenção de padrões adequados de proteção social e segurança laboral é essencial para o desenvolvimento da sociedade em direção ao bem comum.This research analyzes the social and ethical implications of the labor market flexibilization policies and adjustment policies that took place during the crisis years, which started in 2008. It aims to understand the link between ethics and economic practices, and namely within the labor market. It also delves on some concepts such as capitalism, the “spirit of capitalism”, labor rights, precariousness and austerity. We also present the history of the recent economic and financial crisis, from its start to its effects in Portugal. The thesis claims that adjustment policies and labor market flexibilization policies endangered the minimum of social protection, labor security and well-being that is due to each and everyone, in order to foster his or her own potential. This was seen in the way the crisis, and these measures, stroke different people unequally, with labor and the poor being hit the hardest. From the angle of economic results, we can see that the destruction of value caused by adjust policies was significant, but that this was able to correct macroeconomic unbalances, reduce the deficit, public debt and to create jobs. Thus, the adjustment was necessary from an economic standpoint, and some results were positive. However, in what comes down to job creation, the quality of new jobs is lower to the one of those destroyed during the crisis, given that new jobs are in general underpaid and precarious. The thesis also concludes that maintaining adequate levels of social protection and labor security is key to developing societies towards a common good.Marcelo, Gonçalo Nuno de Bettencourt CoutinhoVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaVeiga, Nuno Manuel Alves2019-11-04T15:10:55Z2019-07-022019-07-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/28558TID:202273580porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:34:10Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/28558Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:22:55.446981Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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