O contacto precoce pele a pele e a amamentação: Perspetiva das mães

• Autor(a) principal: Silva, Diana Lopes
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=XET7f6dF
• topic: Contacto pele a pele; Aleitamento materno; Recém-nascido; Mães

Introdução: A Ordem dos Enfermeiros e a Associação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras recomendam que o contacto precoce pele a pele seja facilitado imediatamente após o parto, permitindo fortalecer o vínculo afetivo e facilitar a amamentação na primeira meia hora de vida. O contacto precoce pele-a-pele tem um papel importante no estabelecimento da amamentação, que segundo as orientações da Organização Mundial da Saúde deve ser exclusiva até aos seis meses de idade. Assim, na primeira parte do presente relatório será efetuada uma reflexão sobre as aprendizagens efetuadas em contexto de estágio e, na segunda parte será descrita a componente investigativa deste percurso formativo. Objetivos: Refletir sobre as competências do enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica adquiridas ao longo da componente de estágio. Na componente investigativa: Conhecer o impacto do contacto precoce pele a pele no processo de amamentação: perspetiva das mães. Metodologia: Trata-se de um estudo de nível I quantitativo do tipo exploratóriodescritivo, onde foi analisada uma amostra de 109 mulheres com filhos com idade igual ou inferior a 24 meses. Após o parecer favorável da Comissão de Ética, os dados foram recolhidos através do preenchimento de um questionário online, no período entre Abril e Junho de 2021. A análise estatística foi realizada através do programa SPSS v.24. Resultados: Das 109 mulheres verificou-se que o contacto pele-a-pele ocorreu 57,8% da amostra. Da totalidade de mães que amamentaram, 46,1% fizeram-no em exclusivo até aos 6 meses e destas, 67,7% realizaram contacto precoce pele a pele. Das mães que prolongaram a amamentação após os 6 meses, 59% tinham realizado contacto pele a pele após o parto. Da análise dos resultados emergiram três temas que definiam a importância do contacto precoce pele a pele e a sua correlação com o processo de amamentação: ?Intenção prévia em amamentar?; ?Fator facilitador na amamentação? e ?Promotor de Vinculação?. Conclusão: Na componente de estágio faz-se um balanço positivo de todas as aprendizagens. Na componente investigativa conclui-se que o contacto precoce pele-apele tem influência no início da amamentação assim como na duração da mesma. Os profissionais de saúde assumem um papel importante na realização deste contacto, estimulando e facilitando esta prática, que traz inúmeros benefícios