Será que os planos de contingência para ondas de calor reduzem a mortalidade associada ao calor? Um estudo da diferença-das-diferenças em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leitão, Catarina
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Silva, Susana Pereira da, Roquette, Rita, Uva, Mafalda Sousa, Nunes, Baltazar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/7078
Resumo: Com a implementação em Portugal Continental, a partir de 2004, dos planos de contingência para ondas de calor (PCOC) espera-se que tenha havido uma redução do impacto do calor na mortalidade. Através da comparação da mortalidade diária por todas as causas em períodos de calor adverso (períodos em que a temperatura tem impacto na mortalidade) antes (2000-2003) e após (2005-2008) a implementação dos PCOC, pretendemos estimar o seu impacto na mortalidade ocorrida nesses períodos. Aplicou-se o método da diferença-das-diferenças (DID) às séries temporais dos óbitos diários por todas as causas, total e por estratos (sexo, grupo etário, região de saúde e tercis da distribuição da versão portuguesa do European Deprivation Index) cedidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os períodos de calor adverso foram classificados em excesso de calor e calor extremo com base nas temperaturas diárias, máximas e mínimas, cedidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Para estimar o impacto dos PCOC na mortalidade, foi ajustado um modelo de regressão ao número de óbitos diários. Os resultados preliminares para Portugal Continental e para a maioria das regiões de saúde evidenciaram uma redução na mortalidade diária por todas as causas nos dias de calor extremo, após a implementação dos PCOC.
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