O ensino prático da medicina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/732 |
Resumo: | O principal objectivo do estudo centrou-se na avaliação da capacidade das faculdades de medicina nacionais durante o 6º ano profissionalizante na promoção das competências teórico-práticos indispensáveis à prática clínica inicial do médico interno. O questionário aplicado identificou alguns aspectos comuns a todas as faculdades de medicina nacionais incluídas no estudo. Contudo, as diferenças entre faculdades não foram valorizadas tendo em conta o número reduzido de elementos da amostra, a fraca adesão ao preenchimento do questionário apresentado e a ausência de representatividade de três das faculdades de medicina nacionais. A sua aplicação no estudo não foi realizada com o intuito de retirar inferência ou significância estatística, mas antes com a pretensão de avaliar qualitativamente os dados colhidos numa base de recolha de opinião. Alguns pontos-chave foram identificados: a formação teórica como ponte de ligação para a prática clínica é excelente; as competências teórico-práticas que a grande maioria dos médicos internos está apta a efectuar no início das suas carreiras inclui a colheita da história clínica, a realização de exame objectivo e a procura e colheita da informação necessária à sua autoaprendizagem; em relação às competências exclusivamente práticas a grande maioria dos internos apenas se mostra apta a efectuar punção arterial, punção venosa, otoscopia, especuloscopia, suturas e SBV; a farmacologia/prescrição terapêutica e a necessidade de maior prática clínica e menos teoria são apontadas como as grandes falhas dos planos curriculares do actual 6º ano profissionalizante; a adequada formação em prescrição terapêutica, as competências práticas bem definidas, o priviligear o lema “aprendendo, fazendo” e a habilitação à prestação de cuidados em serviços de urgência e emergência foram apontados como os aspectos fundamentais a integrar no 6º ano profissionalizante caso o ano comum venha a ser ou não excluído das carreiras médicas; por último, a grande maioria dos médicos internos gostaria de ver incorporada na futura prática clínica uma actualização contínua dos seus conhecimentos médico-científicos, uma visão holística do paciente, a valorização pelo trabalho em equipa e a capacidade de assumir a responsabilidade pelos actos praticados. Em conclusão, a grande maioria dos médicos internos do estudo nega ter recebido uma adequada preparação académica para assumir o papel de interno, reconhecendo a necessidade de maior prática clínica durante o 6º ano profissionalizante. |
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O ensino prático da medicinaDe pequenos passos se fazem longas caminhadasEnsino da MedicinaEnsino da Medicina - Aspectos práticosEnsino da Medicina - Internato médicoEnsino da Medicina - Prática clínicaMedicina - EnsinoO principal objectivo do estudo centrou-se na avaliação da capacidade das faculdades de medicina nacionais durante o 6º ano profissionalizante na promoção das competências teórico-práticos indispensáveis à prática clínica inicial do médico interno. O questionário aplicado identificou alguns aspectos comuns a todas as faculdades de medicina nacionais incluídas no estudo. Contudo, as diferenças entre faculdades não foram valorizadas tendo em conta o número reduzido de elementos da amostra, a fraca adesão ao preenchimento do questionário apresentado e a ausência de representatividade de três das faculdades de medicina nacionais. A sua aplicação no estudo não foi realizada com o intuito de retirar inferência ou significância estatística, mas antes com a pretensão de avaliar qualitativamente os dados colhidos numa base de recolha de opinião. Alguns pontos-chave foram identificados: a formação teórica como ponte de ligação para a prática clínica é excelente; as competências teórico-práticas que a grande maioria dos médicos internos está apta a efectuar no início das suas carreiras inclui a colheita da história clínica, a realização de exame objectivo e a procura e colheita da informação necessária à sua autoaprendizagem; em relação às competências exclusivamente práticas a grande maioria dos internos apenas se mostra apta a efectuar punção arterial, punção venosa, otoscopia, especuloscopia, suturas e SBV; a farmacologia/prescrição terapêutica e a necessidade de maior prática clínica e menos teoria são apontadas como as grandes falhas dos planos curriculares do actual 6º ano profissionalizante; a adequada formação em prescrição terapêutica, as competências práticas bem definidas, o priviligear o lema “aprendendo, fazendo” e a habilitação à prestação de cuidados em serviços de urgência e emergência foram apontados como os aspectos fundamentais a integrar no 6º ano profissionalizante caso o ano comum venha a ser ou não excluído das carreiras médicas; por último, a grande maioria dos médicos internos gostaria de ver incorporada na futura prática clínica uma actualização contínua dos seus conhecimentos médico-científicos, uma visão holística do paciente, a valorização pelo trabalho em equipa e a capacidade de assumir a responsabilidade pelos actos praticados. Em conclusão, a grande maioria dos médicos internos do estudo nega ter recebido uma adequada preparação académica para assumir o papel de interno, reconhecendo a necessidade de maior prática clínica durante o 6º ano profissionalizante.The main purpose of the study was to evaluate the medical school training and education during the 6th year programme on the preparation of medical students for being an intern. The questionnaire has identified some key trends common to all medical schools. However, differences between faculties were not valued regarding the small sample’s dimension, the poor adherence to complete the questionnaire and the absence of three of all portuguese medical schools. Its application in the study was not drawn to take any inference or statistical significance, but rather with the intention of reporting general opinions and assessing collected data in a qualitative way. Some of the key issues identified include: intern’s theoretical preparation is excellent and provides a sound basis for the development of clinical skills; final 6th year students have good preparation in history taking, carrying out objective clinical examinations and knowing where to find information; they also have good preparation for sampling arterial and venous blood, otoscopy, gynaecological examinations, suturing and performing basic cardiopulmonary resuscitation; topics which are deemed of most use for the internship but which are not well covered in the undergraduate programme include pharmacology/therapeutics and the need for more clinical practice and less theory during the 6th year; including sufficient and appropriate opportunities for students to be engaged in clinical care, to practise their clinical skills and to have emergency room experience are the aspects of the intern period that should be included in the undergraduate course if there was or wasn’t no internship; by last, the vast majority of interns would like to take continuous updating of their medical and scientific knowledge, to take an holistic view of one´s patients, expect to learn a lot from other health professionals through team work and taking responsibility for their own practice and skills. In conclusion, the vast majority of interns felt that they weren’t well prepared for the internship period recognizing the need of much more clinical practice during the 6th year programmes.Universidade da Beira InteriorSousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumAmorim, Filipa Sofia Luís de2012-11-19T14:17:59Z2008-092008-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/732porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:04Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/732Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:45.010904Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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