Programa de intervenção de enfermagem para mulheres mastectomizadas a efetuar radioterapia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Sylvie Mendes
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=GBGqd0fz
Resumo: Na trajetória de saúde-doença da mulher mastectomizada, a fase dos tratamentos caracteriza-se por uma dinâmica de ajustamento muito exigente, que afeta a qualidade de vida da doente. Apesar de ser consensual a importância de se disponibilizar ajuda nesta fase, ainda não existem diretrizes bem definidas de como tal deve ser feito. A ajuda, que pode ser mais ou menos estruturada, dependendo principalmente da capacidade que a mulher tenha de realizar um ajustamento bem sucedido, utilizando os seus próprios recursos de forma mais ou menos autónoma, é um fator importante para a recuperação. A controvérsia sobre a eficácia de diferentes programas de intervenção não tem permitido uma clara indicação sobre as estratégias a adotar. Assim, fundamentado na teoria e na evidência empírica criou-se um programa de intervenção no âmbito da enfermagem, cuja execução pretendeu responder à seguinte questão de investigação: ?Qual a influência do programa de intervenção de enfermagem para mulheres mastectomizadas a efetuar radioterapia??. Para responder a essa questão, efetuou-se um estudo comparativo entre grupos no serviço de Radioterapia do IPOCFG ? EPE cujo objetivo principal foi analisar o efeito da intervenção na qualidade de vida, na perceção de auto-eficácia para lidar com os problemas relacionados com o cancro e na ansiedade e sintomatologia depressiva das mulheres mastectomizadas a fazer radioterapia. Constituíram-se dois grupos: um grupo experimental com 3 mulheres que se encontravam em regime de Hotel e que participaram no programa de intervenção; e um grupo de controlo com 6 mulheres que se encontravam em regime externo e que não participaram no programa. Para compreender o seu efeito, realizaram-se 3 momentos de avaliação: no início dos tratamentos, no fim e passado um mês com recurso às escalas que avaliam a ansiedade e depressão (HADS), as estratégias de coping (CBI-L - versão 2) e a qualidade de vida (WHOQOL-BREF). O grupo considerado experimental apresentou melhores resultados na qualidade de vida (na maioria dos domínios), na melhoria da perceção da auto-eficácia para lidar com os problemas relacionados com o cancro e na diminuição da ansiedade e sintomatologia depressiva das mulheres que nele participaram, parecendo indicar a mais-valia deste tipo de intervenção. Contudo, o número reduzido de participantes e os constrangimentos inerentes à comparabilidadedestes grupos impõem a indicação de uma leitura cuidadosa dos resultados assim como a indicação da necessidade de replicação deste estudo.
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