PRÁTICAS DE PREVENÇÃO DE INFEÇÃO DOS ENFERMEIROS NA PREPARAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA INJETÁVEL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Carla Patrícia Coroa
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/5741
Resumo: Introdução – A preparação e administração de terapêutica injetável são uma prática diária da responsabilidade dos enfermeiros. Sendo a segurança do doente um dos focos prioritários da qualidade dos cuidados, é vital que se implementem procedimentos que visem os processos de melhoria continua. Objetivos – Os principais objetivos deste estudo são: Avaliar as práticas de prevenção da infeção na preparação e administração de terapêutica injetável, realizadas pelos enfermeiros; determinar a relação entre as práticas de prevenção da infeção na preparação e administração de terapêutica injetável, realizadas pelos enfermeiros e algumas variáveis socio académicas e profissionais Material e Métodos – Estudo observacional realizado em duas fases. Na primeira fase foram observados 106 enfermeiros nas suas práticas de prevenção da infeção na preparação e administração de terapêutica injetável, na segunda fase do estudo, apenas 65 enfermeiros responderam ao questionário das práticas de prevenção da infeção na preparação e administração de terapêutica injetável autopercecionados. Resultados - A higienização das mãos antes da preparação da medicação injetável foi realizada em 55,66% das observações, mas apenas 34,91% dos enfermeiros a realizaram antes da administração da mesma. A higienização das mãos obteve taxas de adesão mais elevadas após a administração da medicação (89,62%). A taxa de adesão dos itens da higienização das mãos é mais observada e mais autopercecionada pelas mulheres do que pelos homens. A preparação da medicação sem contaminar o êmbolo da seringa obteve sempre valores de cumprimento inferiores a 40%. A desinfeção do obturador antes da administração da terapêutica foi observada em 79,59% das oportunidades, mas a taxa de adesão reduziu para 20% quando a administração de terapêutica se realizou numa torneira de três vias. As desinfeções dos pontos de acesso de um cateter venoso central ocorreram com uma taxa de adesão de 100%. Na desinfeção do gargalo ou da borracha da ampola e o uso de compressa para partir a ampola observaram-se taxa de adesão que variaram entre 4,88% - 26,03%. Também nos comportamentos autopercecionados estes foram os itens com valores mais baixos. Em apenas 4,29% das observações se constatou o uso da mesma agulha e da mesma seringa para preparar o mesmo medicamento para doentes diferentes. Conclusões –Este estudo evidenciou que os enfermeiros não cumprem sistematicamente todos os itens recomendados pela literatura. Numa ótica da melhoria da qualidade dos cuidados prestados será importante o desenvolvimento de programas de formação com elaboração de um guião orientador e constante avaliação da sua implementação com o intuito de aprimorar as práticas de prevenção de infeção associadas à preparação e administração de terapêutica.
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