Diabetes Gestacional: Avaliação dos Desfechos Maternos, Fetais e Neonatais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miranda, A
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Fernandes, V, Marques, M, Castro, L, Fernandes, O, Pereira, ML
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.23/1187
Resumo: Introdução: Apesar dos progressos na vigilância e tratamento da diabetes gestacional (DG), os resultados obstétricos e neonatais ainda não igualaram os da gravidez sem esta complicação. Este estudo pretendeu caracterizar uma população de grávidas com DG comparando-a com uma população obstétrica com rastreio de DG negativo. Material e Métodos: Realizámos um estudo observacional e retrospetivo, através da consulta de processos clínicos de 201 grávidas com DG e 201 grávidas com rastreio de DG negativo, com seguimento e parto no nosso hospital. Resultados: As grávidas com DG apresentaram idade mais avançada (33 vs 31 anos, p = 0,001) e maior prevalência de hipertensão gestacional (6% vs 2%, p = 0,041). O grupo da DG registou uma taxa de cesariana mais elevada (40,3% vs 24,4%, p = 0,001), sendo a incompatibilidade céfalo-pélvica o principal motivo de cesariana (32,9%). Não se verificaram diferenças entre os grupos relativamente ao peso fetal ao nascimento. Recém-nascidos de mães com DG tiveram mais distócia de ombros (3% vs 0%, p = 0,014) e foram mais frequentemente admitidos da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (14,9% vs 8,5%, p = 0,044), principalmente por hipoglicemia. Não foram encontrados fatores de risco para este desfecho. Discussão: Grávidas com DG eram mais velhas, apresentaram maior incidência de hipertensão gestacional, parto por cesariana e morbilidade neonatal relativamente ao grupo controlo. Conclusão: No presente estudo, a ocorrência de DG condicionou um aumento da morbilidade obstétrica e, sobretudo, neonatal.
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