Efeito citotóxico de péptidos de veneno de vespa em células de melanoma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pascoal, Simone Raquel Novo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/35792
Resumo: O melanoma é o tipo de cancro da pele mais agressivo e mortal, com uma incidência cada vez maior em populações caucasianas. A baixa eficiência terapêutica e a resistência do melanoma aos tratamentos convencionais indica a necessidade de investigar novas abordagens terapêuticas. Os venenos derivados de animais são misturas complexas de compostos bioativos, alguns dos quais com potencial terapêutico para o cancro. Por isso, o objetivo desta dissertação foi investigar o potencial antitumoral de dois péptidos, Prolistarina bioinspirado num péptido proveniente do veneno da vespa Polybia dimorpha e Chartergellus-CP1 isolado do veneno da vespa Chartergellus communis, em linhas celulares de melanoma humano A375 (amelanótico) e MNT-1 (pigmentado). As células foram tratadas com diferentes concentrações de Prolistarina e Chartergellus-CP1 durante 24 e 48 horas e as suas viabilidades foram avaliadas. O péptido Prolistarina revelou-se pouco citotóxico, pelo que foi excluído nos ensaios seguintes. Contudo, Chartergellus-CP1 apresentou citotoxicidade em ambas as células, diminuindo significativamente a viabilidade celular, porém não em todas as concentrações testadas, indicando que o efeito depende da concentração do péptido. A dinâmica do ciclo celular, a produção de espécies reativas de oxigénio (ROS) e a morte celular por apoptose foram analisadas por citometria de fluxo após a exposição, durante 24 horas, à IC20 e IC50 de Chartergellus-CP1. Os resultados mostraram que o tratamento com a IC50 causou a paragem do ciclo celular em fase G2/M nas células A375, levou a um aumento não significativo dos níveis de ROS intracelulares e induziu apoptose inicial nas células A375 e MNT-1. Estes resultados mostram, pela primeira vez, que o péptido Chartergellus-CP1 possui potencial antitumoral em linhas celulares de melanoma humano.
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