Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerreiro, Orlando
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Borges, Paulo A. V.
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/5897
Resumo: A térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker, 1853) (Insecta, Blattodea) é uma praga que ataca as estruturas das habitações estando confirmada a sua presença em seis das nove ilhas que constituem o arquipélago dos Açores. A monitorização da praga é realizada continuamente desde 2009 na cidade de Angra do Heroísmo (Terceira) e, desde 2010 nas cidades de Ponta Delgada (São Miguel) e Horta (Faial). Nas localidades de Santa Cruz das Ribeiras, Calheta do Nesquim (Pico), Calheta (São Jorge) e Vila do Porto e Maia (Santa Maria) a monitorização é realizada desde 2011. Esta monitorização é realizada pela captura de alados, térmitas reprodutoras com a capacidade de voo, com armadilhas e consequente contagem desses indivíduos. Esta monitorização é realizada no interior dos edifícios e permite obter importante informação acerca do grau de infestação e potencial de dispersão da praga para os edifícios num raio de cerca de 100m. Para deteção de novos focos de infestação foi realizada pela primeira vez em 2018 a monitorização em duas localidades (Praia da Vitória, Ilha Terceira e Lagoa, S. Miguel) onde a presença da térmita de madeira seca era desconhecida através da colocação de armadilhas cromotrópicas colantes junto de candeeiros de iluminação publica com um espaçamento de entre 50 a 200m de acordo com disponibilidade. Este trabalho pioneiro foi alargado a todas as ilhas (exceção a Santa Maria) de forma a verificar a presença de alados de térmitas de madeira seca. Os dados existentes no Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas também foram processados, em conjunto com dados de monitorização exterior e de edifícios, recorrendo a um Sistema de Informação Geográfica (SIG), para obtenção de mapas com as zonas afetadas e consequente risco de infestação. Durante o ano de 2019 foi continuado o trabalho de pesquisa porta – porta iniciado no ano anterior, integrando a Universidade dos Açores e as direções regionais de Ambiente e Habitação. Esta pesquisa surgiu no seguimento de sessões de esclarecimento realizadas entre o final de 2017 e início de 2018 nas ilhas de Santa Maria, S. Jorge e Pico. Este trabalho permitiu verificar de forma bastante fiável a propagação da térmita de madeira seca nestas ilhas onde, até então, apenas alguns edifícios estavam indicados como infestados pela térmita de madeira seca C. brevis. As zonas mais afetadas pela praga são as cidades de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, nomeadamente nas zonas centrais e mais antigas das cidades, havendo, no entanto, um claro alastramento para zonas mais periféricas. A cidade da Horta apresenta já uma área de risco de infestação preocupante resultando, aparentemente, da dispersão natural da espécie e do transporte de materiais infestados. Nas ilhas de Pico (Ribeiras e Calheta de Nesquim), S. Jorge (Calheta) e Santa Maria a dispersão da infestação e número de edifícios afetados é bastante superior ao registado até 2017. O número de edifícios afetados e a área de risco de dispersão da infestação aumentou mais de 100% nessas ilhas sendo importante uma rápida intervenção para evitar que esta se propague para níveis incontroláveis. Foi detetada a presença de alados da espécie C. brevis em armadilhas exteriores colocadas nas localidades de Lagoa (S. Miguel), Praia da Vitória (Ilha Terceira) e Velas (S. Jorge) indicando a presença de novos focos de infestação. Este dado juntamente com o registo de vários certificados em zonas onde não era; até então; registada a ocorrência da espécie é demonstrativo do seu rápido alastramento.
id RCAP_cac151d06d2dcf18b55a88a76d1521bb
oai_identifier_str oai:repositorio.uac.pt:10400.3/5897
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicaçãoCryptotermes brevis (Walker, 1853)MonitorizaçãoRelatório TécnicoA térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker, 1853) (Insecta, Blattodea) é uma praga que ataca as estruturas das habitações estando confirmada a sua presença em seis das nove ilhas que constituem o arquipélago dos Açores. A monitorização da praga é realizada continuamente desde 2009 na cidade de Angra do Heroísmo (Terceira) e, desde 2010 nas cidades de Ponta Delgada (São Miguel) e Horta (Faial). Nas localidades de Santa Cruz das Ribeiras, Calheta do Nesquim (Pico), Calheta (São Jorge) e Vila do Porto e Maia (Santa Maria) a monitorização é realizada desde 2011. Esta monitorização é realizada pela captura de alados, térmitas reprodutoras com a capacidade de voo, com armadilhas e consequente contagem desses indivíduos. Esta monitorização é realizada no interior dos edifícios e permite obter importante informação acerca do grau de infestação e potencial de dispersão da praga para os edifícios num raio de cerca de 100m. Para deteção de novos focos de infestação foi realizada pela primeira vez em 2018 a monitorização em duas localidades (Praia da Vitória, Ilha Terceira e Lagoa, S. Miguel) onde a presença da térmita de madeira seca era desconhecida através da colocação de armadilhas cromotrópicas colantes junto de candeeiros de iluminação publica com um espaçamento de entre 50 a 200m de acordo com disponibilidade. Este trabalho pioneiro foi alargado a todas as ilhas (exceção a Santa Maria) de forma a verificar a presença de alados de térmitas de madeira seca. Os dados existentes no Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas também foram processados, em conjunto com dados de monitorização exterior e de edifícios, recorrendo a um Sistema de Informação Geográfica (SIG), para obtenção de mapas com as zonas afetadas e consequente risco de infestação. Durante o ano de 2019 foi continuado o trabalho de pesquisa porta – porta iniciado no ano anterior, integrando a Universidade dos Açores e as direções regionais de Ambiente e Habitação. Esta pesquisa surgiu no seguimento de sessões de esclarecimento realizadas entre o final de 2017 e início de 2018 nas ilhas de Santa Maria, S. Jorge e Pico. Este trabalho permitiu verificar de forma bastante fiável a propagação da térmita de madeira seca nestas ilhas onde, até então, apenas alguns edifícios estavam indicados como infestados pela térmita de madeira seca C. brevis. As zonas mais afetadas pela praga são as cidades de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, nomeadamente nas zonas centrais e mais antigas das cidades, havendo, no entanto, um claro alastramento para zonas mais periféricas. A cidade da Horta apresenta já uma área de risco de infestação preocupante resultando, aparentemente, da dispersão natural da espécie e do transporte de materiais infestados. Nas ilhas de Pico (Ribeiras e Calheta de Nesquim), S. Jorge (Calheta) e Santa Maria a dispersão da infestação e número de edifícios afetados é bastante superior ao registado até 2017. O número de edifícios afetados e a área de risco de dispersão da infestação aumentou mais de 100% nessas ilhas sendo importante uma rápida intervenção para evitar que esta se propague para níveis incontroláveis. Foi detetada a presença de alados da espécie C. brevis em armadilhas exteriores colocadas nas localidades de Lagoa (S. Miguel), Praia da Vitória (Ilha Terceira) e Velas (S. Jorge) indicando a presença de novos focos de infestação. Este dado juntamente com o registo de vários certificados em zonas onde não era; até então; registada a ocorrência da espécie é demonstrativo do seu rápido alastramento.Universidade dos AçoresRepositório da Universidade dos AçoresGuerreiro, OrlandoBorges, Paulo A. V.2021-04-29T12:23:04Z2020-012020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/5897porGuerreiro, O. & Borges, P.A.V. (2020). Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores: Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação. Universidade dos Açores, Dep. de Ciências e Engenharia do Ambiente, Angra do Heroísmo, 123 pp.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:34:16ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
title Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
spellingShingle Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
Guerreiro, Orlando
Cryptotermes brevis (Walker, 1853)
Monitorização
Relatório Técnico
title_short Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
title_full Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
title_fullStr Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
title_full_unstemmed Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
title_sort Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores : Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação
author Guerreiro, Orlando
author_facet Guerreiro, Orlando
Borges, Paulo A. V.
author_role author
author2 Borges, Paulo A. V.
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório da Universidade dos Açores
dc.contributor.author.fl_str_mv Guerreiro, Orlando
Borges, Paulo A. V.
dc.subject.por.fl_str_mv Cryptotermes brevis (Walker, 1853)
Monitorização
Relatório Técnico
topic Cryptotermes brevis (Walker, 1853)
Monitorização
Relatório Técnico
description A térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker, 1853) (Insecta, Blattodea) é uma praga que ataca as estruturas das habitações estando confirmada a sua presença em seis das nove ilhas que constituem o arquipélago dos Açores. A monitorização da praga é realizada continuamente desde 2009 na cidade de Angra do Heroísmo (Terceira) e, desde 2010 nas cidades de Ponta Delgada (São Miguel) e Horta (Faial). Nas localidades de Santa Cruz das Ribeiras, Calheta do Nesquim (Pico), Calheta (São Jorge) e Vila do Porto e Maia (Santa Maria) a monitorização é realizada desde 2011. Esta monitorização é realizada pela captura de alados, térmitas reprodutoras com a capacidade de voo, com armadilhas e consequente contagem desses indivíduos. Esta monitorização é realizada no interior dos edifícios e permite obter importante informação acerca do grau de infestação e potencial de dispersão da praga para os edifícios num raio de cerca de 100m. Para deteção de novos focos de infestação foi realizada pela primeira vez em 2018 a monitorização em duas localidades (Praia da Vitória, Ilha Terceira e Lagoa, S. Miguel) onde a presença da térmita de madeira seca era desconhecida através da colocação de armadilhas cromotrópicas colantes junto de candeeiros de iluminação publica com um espaçamento de entre 50 a 200m de acordo com disponibilidade. Este trabalho pioneiro foi alargado a todas as ilhas (exceção a Santa Maria) de forma a verificar a presença de alados de térmitas de madeira seca. Os dados existentes no Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas também foram processados, em conjunto com dados de monitorização exterior e de edifícios, recorrendo a um Sistema de Informação Geográfica (SIG), para obtenção de mapas com as zonas afetadas e consequente risco de infestação. Durante o ano de 2019 foi continuado o trabalho de pesquisa porta – porta iniciado no ano anterior, integrando a Universidade dos Açores e as direções regionais de Ambiente e Habitação. Esta pesquisa surgiu no seguimento de sessões de esclarecimento realizadas entre o final de 2017 e início de 2018 nas ilhas de Santa Maria, S. Jorge e Pico. Este trabalho permitiu verificar de forma bastante fiável a propagação da térmita de madeira seca nestas ilhas onde, até então, apenas alguns edifícios estavam indicados como infestados pela térmita de madeira seca C. brevis. As zonas mais afetadas pela praga são as cidades de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, nomeadamente nas zonas centrais e mais antigas das cidades, havendo, no entanto, um claro alastramento para zonas mais periféricas. A cidade da Horta apresenta já uma área de risco de infestação preocupante resultando, aparentemente, da dispersão natural da espécie e do transporte de materiais infestados. Nas ilhas de Pico (Ribeiras e Calheta de Nesquim), S. Jorge (Calheta) e Santa Maria a dispersão da infestação e número de edifícios afetados é bastante superior ao registado até 2017. O número de edifícios afetados e a área de risco de dispersão da infestação aumentou mais de 100% nessas ilhas sendo importante uma rápida intervenção para evitar que esta se propague para níveis incontroláveis. Foi detetada a presença de alados da espécie C. brevis em armadilhas exteriores colocadas nas localidades de Lagoa (S. Miguel), Praia da Vitória (Ilha Terceira) e Velas (S. Jorge) indicando a presença de novos focos de infestação. Este dado juntamente com o registo de vários certificados em zonas onde não era; até então; registada a ocorrência da espécie é demonstrativo do seu rápido alastramento.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-01
2020-01-01T00:00:00Z
2021-04-29T12:23:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/report
format report
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.3/5897
url http://hdl.handle.net/10400.3/5897
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Guerreiro, O. & Borges, P.A.V. (2020). Monitorização e deteção da térmita de madeira seca nos Açores: Ano de 2019 & Plano estratégico de controle e erradicação. Universidade dos Açores, Dep. de Ciências e Engenharia do Ambiente, Angra do Heroísmo, 123 pp.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade dos Açores
publisher.none.fl_str_mv Universidade dos Açores
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777301712865853440