Compostos Radioiodados para Terapia Auger
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/23898 |
Resumo: | O desenho de radiofármacos emissores de eletrões Auger dirigidos ao ADN é um tópico cada vez mais investigado na Química Radiofarmacêutica atual. O trabalho descrito nesta tese inserese nessa área de investigação e pretendeu demonstrar o interesse dos derivados do alaranjado de acridina (AO) marcados com 125I no desenho de radiofármacos para terapia Auger. Assim, tendo em conta as propriedades de intercalação da AO com o ADN, sintetizámos novos derivados alquil-iodobenzamida da AO (6A, 6B, 6C), por N-alquilação do átomo de azoto central do seu anel heteroaromático. Os compostos congéneres marcados com 125I (125I-6A, 125I- 6B, 125I-6C) foram sintetizados via desmetalação de precursores estanilo e radioiodação oxidativa, tendo sido obtidos com elevada estabilidade in vitro e pureza radioquímica (> 95%) após purificação por HPLC. A interação de 6A-C com ADN de timo de vitelo foi avaliada por técnicas espectroscópicas, que mostraram que estes compostos apresentavam elevada afinidade para o ADN, interatuando preferencialmente por intercalação. Estudos com ADN plasmídico ϕX174 demonstraram que os compostos 125I-6A e 125I-6B apresentavam capacidade de provocar quebras duplas de cadeia (DSB) no ADN, sem diferenças atribuíveis à presença de DMSO (0,07-0,09 DSB/decaimento e 0,05-0,04 DSB/decaimento, respetivamente), levando à conclusão que as DSB produzidas são devidas sobretudo aos efeitos diretos dos eletrões Auger. O composto 125I-6C não mostrou essa capacidade na presença deste scavenger de radicais livres, pelo que concluímos que o tamanho da sua cadeia alquílica apenas permite induzir danos no ADN por efeitos indiretos. Nos estudos de captação celular os compostos radioiodados mostraram boas taxas de captação às 4 horas, nas linhas celulares B16-F1 (13,5 a 26,9%) e PC-3 (13,9 a 28,0%). Ensaios preliminares de radiotoxicidade com o composto 125I-6B em células PC-3 revelaram mais de 35% de morte celular às 48 horas (ensaio MTT), o que certamente reflete a sua capacidade de induzir DSB no ADN de células vivas, como demonstrou o ensaio γ-H2AX. |
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