Televisão e COVID-19

• Autor(a) principal: Lopes, Pedro Damasceno Ribeiro Matos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11864
• topic: Adaptação; Covid-19; Hiper-Televisão; Morfologias Digitais; Televisão; Transmediação; Domínio/Área Científica::Humanidades::Ciências da Comunicação::Jornalismo

A presente dissertação tem como principal objetivo analisar de que forma a televisão nacional se pôde adaptar para continuar a produzir conteúdos televisivos, numa fase em que os normais procedimentos de trabalho enfrentaram bloqueios diversos. Em causa está a disseminação da pandemia pela COVID-19 no Mundo, em específico na sua primeira vaga de maiores infeções. O objetivo centra-se na observação aos métodos desenvolvidos pelos três canais generalistas em Portugal (RTP, SIC e TVI), de acordo com as soluções individuais apontadas por cada um, numa total reorganização do formato mediático, redesenhado em sucessivas adaptações suportadas pelo digital, numa fase em que, simultaneamente, se denotavam aumentos significativos do consumo televisivo. Com a televisão a vivenciar atualmente uma terceira fase de evolução do meio, a investigação estrutura-se em duas partes de análise. A primeira parte relata a evolução do contexto mediático da TV, desde a ‘Paleo-Televisão’, até à chegada à ‘Hiper-Televisão’, e a sua evolução para o digital. A segunda parte do trabalho faz uma vasta observação indireta às ações desempenhadas pelas emissoras televisivas já referidas, no sentido de elucidação das ações desempenhadas, em concreto as sucessivas alterações no campo da produção e apresentação em ecrã. Com essa observação, parte-se também para um levantamento mais completo dos conteúdos programáticos criados e transmitidos durante o período em análise, numa produção mais dependente das ferramentas digitais, com complemento pelas entrevistas a profissionais da área televisiva. As duas partes estão focadas no estudo dos conceitos que ligam o desenvolvimento do fenómeno televisivo aos atuais formatos assentes no predomínio tecnológico e digital, assim como na consecutiva transmediação e adaptação a diferentes noções estéticas de apresentação na TV. Aponta-se ainda que a evolução da TV por diferentes fases está em consonância com a periodicidade histórica da contemporaneidade, que trouxe profundas alterações aos comportamentos sociais, patenteadas no e pelo crescimento do setor mediático. As ideias concluídas tornaram possível compreender que a indústria televisiva em Portugal estava preparada para uma rápida modificação dos moldes mais tradicionais de produção para TV, mesmo que apanhada de surpresa. Os resultados obtidos fazem vislumbrar uma atitude desempenhada a curto-prazo, estando a televisão ainda muito interligada a todos os modos mais tradicionais que continuam a pautar o seu trajeto.