When police discursive violence interacts with intimate partner violence
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ojs.letras.up.pt/index.php/LLLD/article/view/6735 |
Resumo: | Linguistas que analisam as práticas de interrogatórios policiais ao estilo americano revelaram os atributos discursivos dos interrogatórios policiais capazes de induzir, muitas vezes de forma inconsciente, confissões falsas por parte dos suspeitos. Por outro lado, psicólogos identificaram uma série de fatores que tornam determinados sujeitos de interrogatórios policiais especialmente vulneráveis a confissões falsas sob interrogatório. Este artigo sugere que as mulheres vítimas de violência doméstica em série podem ter vindo a ser, até agora, uma classe não reconhecida dessas pessoas particularmente vulneráveis. Uma vez que a psicodinâmica dos interrogatórios policiais ao estilo americano estabelece um paralelo tão próximo com a psicodinâmica da violência doméstica terrorista na intimidade, as vítimas de violência doméstica podem reagir aos interrogatórios policiais adotando as mesmas estratégias – acomodação e aquiescência – que usam para procurar evitar o espancamento. No contexto dos interrogatórios policiais, isso poderá conduzir potencialmente a confissões falsas. É necessária investigação colaborativa de linguistas e psicólogos para mitigar esta possibilidade de erros judiciais. |
id |
RCAP_cb29d6edd079157c1e8ba66a45c22b0c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.letras.up.pt/ojs:article/6735 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
When police discursive violence interacts with intimate partner violenceWhen police discursive violence interacts with intimate partner violenceArticlesLinguistas que analisam as práticas de interrogatórios policiais ao estilo americano revelaram os atributos discursivos dos interrogatórios policiais capazes de induzir, muitas vezes de forma inconsciente, confissões falsas por parte dos suspeitos. Por outro lado, psicólogos identificaram uma série de fatores que tornam determinados sujeitos de interrogatórios policiais especialmente vulneráveis a confissões falsas sob interrogatório. Este artigo sugere que as mulheres vítimas de violência doméstica em série podem ter vindo a ser, até agora, uma classe não reconhecida dessas pessoas particularmente vulneráveis. Uma vez que a psicodinâmica dos interrogatórios policiais ao estilo americano estabelece um paralelo tão próximo com a psicodinâmica da violência doméstica terrorista na intimidade, as vítimas de violência doméstica podem reagir aos interrogatórios policiais adotando as mesmas estratégias – acomodação e aquiescência – que usam para procurar evitar o espancamento. No contexto dos interrogatórios policiais, isso poderá conduzir potencialmente a confissões falsas. É necessária investigação colaborativa de linguistas e psicólogos para mitigar esta possibilidade de erros judiciais.Linguists analyzing the practices of American-style police interrogation have revealed the discursive attributes of police interrogation that can, often unwittingly, induce false confessions from suspects. Further, psychologists have identified a number of factors that can make particular subjects of police interrogation especially vulnerable to false confessions under interrogation. This article suggests that women who have been victims of serial domestic violence may be a heretofore unrecognized class of those particularly vulnerable individuals. Because the psychodynamics of American-style police interrogation so closely parallel the psychodynamics of intimate terroristic domestic violence, victims of domestic violence may react to police interrogation with the same coping strategies – accommodation and acquiescence – that they resort to in attempting to avoid battering. In the context of police interrogation, that would potentially lead to false confessions. Collaborative research by linguists and psychologists is needed to mitigate this possibility for miscarriages of justice.Faculdade de Letras da Universidade do Porto2022-01-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://ojs.letras.up.pt/index.php/LLLD/article/view/6735por2183-3745Ainsworth, Janetinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-13T03:47:48Zoai:ojs.letras.up.pt/ojs:article/6735Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:31:24.626334Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence When police discursive violence interacts with intimate partner violence |
title |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence |
spellingShingle |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence Ainsworth, Janet Articles |
title_short |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence |
title_full |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence |
title_fullStr |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence |
title_full_unstemmed |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence |
title_sort |
When police discursive violence interacts with intimate partner violence |
author |
Ainsworth, Janet |
author_facet |
Ainsworth, Janet |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ainsworth, Janet |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Articles |
topic |
Articles |
description |
Linguistas que analisam as práticas de interrogatórios policiais ao estilo americano revelaram os atributos discursivos dos interrogatórios policiais capazes de induzir, muitas vezes de forma inconsciente, confissões falsas por parte dos suspeitos. Por outro lado, psicólogos identificaram uma série de fatores que tornam determinados sujeitos de interrogatórios policiais especialmente vulneráveis a confissões falsas sob interrogatório. Este artigo sugere que as mulheres vítimas de violência doméstica em série podem ter vindo a ser, até agora, uma classe não reconhecida dessas pessoas particularmente vulneráveis. Uma vez que a psicodinâmica dos interrogatórios policiais ao estilo americano estabelece um paralelo tão próximo com a psicodinâmica da violência doméstica terrorista na intimidade, as vítimas de violência doméstica podem reagir aos interrogatórios policiais adotando as mesmas estratégias – acomodação e aquiescência – que usam para procurar evitar o espancamento. No contexto dos interrogatórios policiais, isso poderá conduzir potencialmente a confissões falsas. É necessária investigação colaborativa de linguistas e psicólogos para mitigar esta possibilidade de erros judiciais. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-01-03 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.letras.up.pt/index.php/LLLD/article/view/6735 |
url |
https://ojs.letras.up.pt/index.php/LLLD/article/view/6735 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2183-3745 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Letras da Universidade do Porto |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Letras da Universidade do Porto |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130769193435137 |