Critério etário nos Programas de Intervenção Precoce na Psicose
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.rcaap.pt/psilogos/article/view/15838 |
Resumo: | Nas últimas décadas o paradigma da intervenção precoce nos primeiros episódios psicóticos disseminou-se por todo o mundo e a investigação demonstrou os seus benefícios em termos de melhoria nas taxas de recuperação, recidiva psicótica e suicídio. Actualmente, uma das maiores críticas que se aponta a este modelo de intervenção é o seu critério etário arbitrário que levanta questões de discriminação etária e de género. Existem argumentos a favor e contra a dilatação dos limites de idade dos programas de intervenção precoce (PIP) estando a maioria dos argumentos “contra” assentes na premissa de que os doentes com PEP mais jovens representam a larga maioria dos casos, têm uma maior disrupção funcional, maiores necessidades psicossociais e um pior prognóstico a longo prazo. Contudo, dados recentes desafiam estas concepções e indicam que a psicose surge em qualquer etapa de vida com marcado impacto e disrupção, tendo a população que adoece tardiamente necessidades de tratamento e intervenção equivalentes ou superiores aos doentes mais jovens. Este debate é dificultado pelo relativo desconhecimento sobre os PEP tardios – a maioria dos PIP estão focados na juventude pelo que o fluxo de investigação tende a seguir este padrão. Assim, as populações de PEP tardio são relativamente negligenciadas havendo pouca literatura centrada neste tema. A partir de uma revisão não sistemática da literatura as autoras pretendem apresentar os principais argumentos que se têm levantado a favor e contra a remodelação dos PIP, de acordo com o critério de idade, analisando e comparando o cenário mundial e a realidade portuguesa neste âmbito. |
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Critério etário nos Programas de Intervenção Precoce na PsicoseCritério etário nos Programas de Intervenção Precoce na PsicoseArtigos de RevisãoNas últimas décadas o paradigma da intervenção precoce nos primeiros episódios psicóticos disseminou-se por todo o mundo e a investigação demonstrou os seus benefícios em termos de melhoria nas taxas de recuperação, recidiva psicótica e suicídio. Actualmente, uma das maiores críticas que se aponta a este modelo de intervenção é o seu critério etário arbitrário que levanta questões de discriminação etária e de género. Existem argumentos a favor e contra a dilatação dos limites de idade dos programas de intervenção precoce (PIP) estando a maioria dos argumentos “contra” assentes na premissa de que os doentes com PEP mais jovens representam a larga maioria dos casos, têm uma maior disrupção funcional, maiores necessidades psicossociais e um pior prognóstico a longo prazo. Contudo, dados recentes desafiam estas concepções e indicam que a psicose surge em qualquer etapa de vida com marcado impacto e disrupção, tendo a população que adoece tardiamente necessidades de tratamento e intervenção equivalentes ou superiores aos doentes mais jovens. Este debate é dificultado pelo relativo desconhecimento sobre os PEP tardios – a maioria dos PIP estão focados na juventude pelo que o fluxo de investigação tende a seguir este padrão. Assim, as populações de PEP tardio são relativamente negligenciadas havendo pouca literatura centrada neste tema. A partir de uma revisão não sistemática da literatura as autoras pretendem apresentar os principais argumentos que se têm levantado a favor e contra a remodelação dos PIP, de acordo com o critério de idade, analisando e comparando o cenário mundial e a realidade portuguesa neste âmbito.In the last decades the paradigm of the early intervention in the first psychotic episodes (FEP) has spread all over the world and the investigation has shown its benefits in terms of improvement in recovery rates, psychotic relapse and suicide. Currently, a criticism of this intervention model is its arbitrary age criterion that raises issues of potential age and gender discrimination. There are arguments for and against the expansion of the age limits of early intervention programs (EIPs), with most of the 'counter' arguments based on the premise that patients with younger FEP represent the vast majority of cases, have a greater disruption functionally, greater psychosocial needs and a worse prognosis in the long term. However, recent data challenge these conceptions and indicate that psychosis arises at any stage of life with marked impact and disruption, with the population experiencing late illnesses requiring treatment and intervention equivalent to or greater than younger patients. This debate is hampered by the relative lack of knowledge about late FEPs - the majority of EIPs are focused on youth, so the flow of research tends to follow this pattern. Thus, populations of late FEP are relatively neglected with little literature focusing on this topic. Based on a non - systematic review of the literature, the authors intend to present the main arguments that have been raised in favor of and against the remodeling of the EIP, according to the age criterion, analyzing and comparing the international scenario and the Portuguese reality in this scope.Departamento de Saúde Mental | Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE2021-06-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.rcaap.pt/psilogos/article/view/15838por2182-31461646-091XVarregoso, InêsBráz, Inês SoutoFanning, FelicityClarke, Maryinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-16T14:12:02Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/15838Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T14:57:16.245430Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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