Cristóvão de Aguiar: para uma poética da montanha e do mar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/50600 |
Resumo: | Quando o carteiro não bate, o telefone não toca, a carta não chega, o email não apita e a palavra não desperta, urge recorrer à escritoterapia, como meio de suprir a insuficiência da vida através da plenitude que é sólito a arte ofertar. Este Verbo terapêutico, genologicamente diversificado, tanto pode espreitar a missiva e o soneto como invadir a prosa poética e o poema em prosa, gotejando biografemas que a memória estigmatizou e a imaginação se apressa a transfigurar, estilhaçando o sujeito escrevente no decurso da anamnese e convocando a tensão entre o eu e o outro, o ilhéu e a insula. Entre a espera agraciada pela esperança, o aborrecimento deletério esporeado pela solidão, a demissão letal pontapeada pelo desânimo e a graça oriunda da catarse poética vai-se delineando o percurso de Cristóvão de Aguiar em Amor Ilhéu, iluminado (por antecipação ou posposição) pela obra em prosa do Poeta açoriano. Por um lado, a Ilha perdida, mística, ofertório da palavra poética vigilante; por outro, a ilha vivida, sofrida que, contracarreando a sua vertente antinómica, se alimenta da desvitalização nevrótica do ser conducente à meontologia. |
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