Como tem sido integrada a perspetiva interseccional no estudo das experiências adversas precoces?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Mariana Reis
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/14515
Resumo: As experiências adversas precoces são eventos negativos e traumáticos que acontecem na infância. Estas são comuns e estão inter-relacionadas, sendo prevalentes em 20% a 50% da população adulta. A interseccionalidade defende que estas experiências são moldadas pelas características individuais, que interagem entre si, devendo ser analisadas de forma dependente e à luz desta teoria. No entanto, a literatura que a usa descarta a relação entre estas características (e.g., raça/etnia e género). Posto isto, o objetivo da presente scoping review é compreender de que forma esta perspetiva é aplicada no estudo das experiências adversas precoces. Para tal, seguiu-se o modelo PRISMA-P, pesquisando as palavras-chaves em quatro bases de dados, resultando na inclusão de 21 artigos. Verificou-se que todos fizeram menção explícita da teoria da interseccionalidade, mas apenas doze a aplicaram na sua totalidade. A raça/ etnia e a orientação sexual foram as variáveis de interseccionalidade mais analisadas. A interseção mais observada foi a orientação sexual x raça/ etnia e as experiências adversas precoces mais estudadas foram o bullying e o abuso/ violência sexual. Concluiu-se que efetivamente existe uma escassez de artigos que incorporam a interseccionalidade no estudo das experiências adversas precoces. Porém, os que existem representam um avanço na investigação quantitativa deste tema. Palavras-chave: Experiências Adversas Precoces; Vitimação; Vulnerabilidade; Interseccionalidade.
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spelling Como tem sido integrada a perspetiva interseccional no estudo das experiências adversas precoces?MESTRADO EM PSICOLOGIA FORENSEPSICOLOGIAPSICOLOGIA FORENSEVITIMAÇÃOINFÂNCIAINTERSECIONALIDADEPSYCHOLOGYFORENSIC PSYCHOLOGYVICTIMISATIONCHILDHOODINTERSECTIONALITYAs experiências adversas precoces são eventos negativos e traumáticos que acontecem na infância. Estas são comuns e estão inter-relacionadas, sendo prevalentes em 20% a 50% da população adulta. A interseccionalidade defende que estas experiências são moldadas pelas características individuais, que interagem entre si, devendo ser analisadas de forma dependente e à luz desta teoria. No entanto, a literatura que a usa descarta a relação entre estas características (e.g., raça/etnia e género). Posto isto, o objetivo da presente scoping review é compreender de que forma esta perspetiva é aplicada no estudo das experiências adversas precoces. Para tal, seguiu-se o modelo PRISMA-P, pesquisando as palavras-chaves em quatro bases de dados, resultando na inclusão de 21 artigos. Verificou-se que todos fizeram menção explícita da teoria da interseccionalidade, mas apenas doze a aplicaram na sua totalidade. A raça/ etnia e a orientação sexual foram as variáveis de interseccionalidade mais analisadas. A interseção mais observada foi a orientação sexual x raça/ etnia e as experiências adversas precoces mais estudadas foram o bullying e o abuso/ violência sexual. Concluiu-se que efetivamente existe uma escassez de artigos que incorporam a interseccionalidade no estudo das experiências adversas precoces. Porém, os que existem representam um avanço na investigação quantitativa deste tema. Palavras-chave: Experiências Adversas Precoces; Vitimação; Vulnerabilidade; Interseccionalidade.Adverse childhod experiences are negative and traumatic events that occur in childhood. These are common and interrelated, being prevalent in 20% to 50% of the adult population. Intersectionality argues that these experiences are shaped by individual characteristics, who interact with each other, and should be analyzed dependently and with this theory. However, the literature that uses it dismisses the relationship between these characteristics (e.g., race/ethnicity and gender). That said, the objective of this scoping review is to understand how this perspective is applied to the study of adverse childhod experiences. The PRISMA-P model was followed, keywords were searched in four databases, resulting in the inclusion of 21 articles. It was found that every study made explicit mention of the theory of intersectionality, but only twelve fully applied it. Race/ethnicity and sexual orientation were the most analyzed intersectionality variables. The most observed intersection was sexual orientation x race/ethnicity and the most studied adverse childhod experiences were bullying and sexual abuse/violence. It was concluded that there is indeed a shortage of articles that incorporate intersectionality in the study of adverse childhod experiences. However, those that do exist represent an advance in the quantitative investigation of this topic. Keywords: Adverse Childhood Experiences; Victimization; Vulnerability; Intersectionality2024-02-16T16:15:27Z2023-01-01T00:00:00Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/14515TID:203527275porSantos, Mariana Reisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-23T01:33:32Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/14515Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:11:00.662635Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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