A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Loureiro, Andreia
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Talhinhas, Pedro, Oliveira, Helena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.19084/rca.17073
Resumo: A gafa da oliveira é o principal fator fitopatológico limitante da produção de azeitona em Portugal, ao causar a queda ou mumificação dos frutos, com consequente quebra de produção e/ou depreciação da qualidade do azeite. Apresenta incidência a nível nacional entre 30 e 50%, com uma severidade média de 14%. A gafa é causada por diversas espécies de fungos pertencentes ao género Colletotrichum, sendo C. nymphaeae e C. acutatum sensu stricto as mais virulentas, enquanto C. godetiae e C. fioriniae apresentam virulência intermédia e C. gloeosporioides (entre outras, pouco frequentes) se apresenta menos virulenta. No centro e sul de Portugal prevalece C. nymphaeae, enquanto em Trás-os-Montes C. godetiae é mais frequente. As variações na virulência dependem no entanto da interação com a cultivar. Por exemplo, em ‘Cobrançosa’, C. godetiae apresenta maior virulência do que C. acutatum s.s., contrariando a média geral. As variações na virulência destes agentes patogénicos, a sua interação com as cultivares de oliveira, a sua distribuição geográfica e as recentes dinâmicas populacionais deverão ser tidas em conta e compreendidas para a implementação de medidas de proteção do olival.
id RCAP_ccad5fb9b0e49dcfaca4f5dd1dced095
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/17073
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivarA gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivarGeralA gafa da oliveira é o principal fator fitopatológico limitante da produção de azeitona em Portugal, ao causar a queda ou mumificação dos frutos, com consequente quebra de produção e/ou depreciação da qualidade do azeite. Apresenta incidência a nível nacional entre 30 e 50%, com uma severidade média de 14%. A gafa é causada por diversas espécies de fungos pertencentes ao género Colletotrichum, sendo C. nymphaeae e C. acutatum sensu stricto as mais virulentas, enquanto C. godetiae e C. fioriniae apresentam virulência intermédia e C. gloeosporioides (entre outras, pouco frequentes) se apresenta menos virulenta. No centro e sul de Portugal prevalece C. nymphaeae, enquanto em Trás-os-Montes C. godetiae é mais frequente. As variações na virulência dependem no entanto da interação com a cultivar. Por exemplo, em ‘Cobrançosa’, C. godetiae apresenta maior virulência do que C. acutatum s.s., contrariando a média geral. As variações na virulência destes agentes patogénicos, a sua interação com as cultivares de oliveira, a sua distribuição geográfica e as recentes dinâmicas populacionais deverão ser tidas em conta e compreendidas para a implementação de medidas de proteção do olival.Olive anthracnose is the main phytopathological limiting factor affecting olive production in Portugal. It causes the fall or mummification of olive fruits, with the consequent loss of production and/or depreciation of olive oil quality. In Portugal, disease incidence ranged between 30 and 50% while disease severity was on average 14%. Olive anthracnose is caused by several species belonging to the genus Colletotrichum, being C. nymphaeae and C. acutatum sensu stricto the most virulent, while C. godetiae and C. fioriniae presented intermediate virulence and C. gloeosporioides (among others, less frequent) shower lesser virulence. In the centre and south of Portugal prevails C. nymphaeae, while in Trás-os-Montes C. godetiae is more frequent. However, variations in virulence depend on the interaction with the cultivar. For example, in 'Cobrançosa', C. godetiae presents greater virulence than C. acutatum s.s., contrary to the general average. Variations in the virulence of these pathogens, their interaction with olive cultivars, their geographic distribution and recent population dynamics should be taken into account and understood for the implementation of measures to protect olive groves.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2019-03-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/rca.17073por2183-041X0871-018XLoureiro, AndreiaTalhinhas, PedroOliveira, Helenainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:25:10Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/17073Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:31:16.744284Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
title A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
spellingShingle A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
Loureiro, Andreia
Geral
title_short A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
title_full A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
title_fullStr A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
title_full_unstemmed A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
title_sort A gafa da oliveira é causada por fungos de diversas espécies, com distinta distribuição geográfica, virulência e preferência pela cultivar
author Loureiro, Andreia
author_facet Loureiro, Andreia
Talhinhas, Pedro
Oliveira, Helena
author_role author
author2 Talhinhas, Pedro
Oliveira, Helena
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Loureiro, Andreia
Talhinhas, Pedro
Oliveira, Helena
dc.subject.por.fl_str_mv Geral
topic Geral
description A gafa da oliveira é o principal fator fitopatológico limitante da produção de azeitona em Portugal, ao causar a queda ou mumificação dos frutos, com consequente quebra de produção e/ou depreciação da qualidade do azeite. Apresenta incidência a nível nacional entre 30 e 50%, com uma severidade média de 14%. A gafa é causada por diversas espécies de fungos pertencentes ao género Colletotrichum, sendo C. nymphaeae e C. acutatum sensu stricto as mais virulentas, enquanto C. godetiae e C. fioriniae apresentam virulência intermédia e C. gloeosporioides (entre outras, pouco frequentes) se apresenta menos virulenta. No centro e sul de Portugal prevalece C. nymphaeae, enquanto em Trás-os-Montes C. godetiae é mais frequente. As variações na virulência dependem no entanto da interação com a cultivar. Por exemplo, em ‘Cobrançosa’, C. godetiae apresenta maior virulência do que C. acutatum s.s., contrariando a média geral. As variações na virulência destes agentes patogénicos, a sua interação com as cultivares de oliveira, a sua distribuição geográfica e as recentes dinâmicas populacionais deverão ser tidas em conta e compreendidas para a implementação de medidas de proteção do olival.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-03-10T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.19084/rca.17073
url https://doi.org/10.19084/rca.17073
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2183-041X
0871-018X
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130178411036672