Communication between healthcare professionals and people with dementia: is deception an act of care? Integrated Literature Review

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Joana Cabral da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13528
Resumo: Introduction: With the great development and consequent investment on healthcare we’ve witnessed in the last decades, there are many chronic diseases gaining relevance, compromising the quality of life in older ages. Dementia is one of the responsible for this; demanding more resources, more medical attention and, consequently, the need to have good communication between health practitioners and patients. Their memory issues and compromised communication capabilities are translated in many behaviour changes. Understanding their needs is a challenge healthcare is currently not ready to satisfy, making it a subject in need of more attention in our society, and therefore worth of analysing what is currently being done. Methods: This integrated literature review analyses studies published from 01/09/2011 to 01/10/2022 focused on the application of deception in PWD, done by healthcare professionals. The Pubmed, Scopus, Web of Science and Scielo databases were consulted, and studies that met the defined inclusion criteria were included: studies in Portuguese, English or Spanish; with full text available; clearly targeting PWD of any aetiology, where the concept of lying associated to deception was mentioned, connected with the healthcare professionals’ role. Results: The analysed studies suggest that the process of deception, especially the therapeutic lying, is not well seen between healthcare professionals due to the moral and legal implications, but that it’s rather common throughout the facilities caring for PWD. There have been some guidelines suggested over the years, but they didn’t gather the necessary attention, as there is no legal support, nor enough rapport from the implied PWD as well. It’s seen how it’s considered condonable when looking at the situation from a patient-centred care point of view. Discussion: Given these results, there must be an open discussion about the terms of “deception” and “therapeutic lying” in their application of PWD and their particularities. The taboo around these terms has also to be addressed. More than the moral definition of these words, it’s also needed some legal guidelines, to protect both sides, and ensure PWD have the respect and dignity they need and deserve in their own specific current situation, by validating them, establishing meaningful relationships with them, where they don’t feel inferior, increasing their quality of life.
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Understanding their needs is a challenge healthcare is currently not ready to satisfy, making it a subject in need of more attention in our society, and therefore worth of analysing what is currently being done. Methods: This integrated literature review analyses studies published from 01/09/2011 to 01/10/2022 focused on the application of deception in PWD, done by healthcare professionals. The Pubmed, Scopus, Web of Science and Scielo databases were consulted, and studies that met the defined inclusion criteria were included: studies in Portuguese, English or Spanish; with full text available; clearly targeting PWD of any aetiology, where the concept of lying associated to deception was mentioned, connected with the healthcare professionals’ role. Results: The analysed studies suggest that the process of deception, especially the therapeutic lying, is not well seen between healthcare professionals due to the moral and legal implications, but that it’s rather common throughout the facilities caring for PWD. There have been some guidelines suggested over the years, but they didn’t gather the necessary attention, as there is no legal support, nor enough rapport from the implied PWD as well. It’s seen how it’s considered condonable when looking at the situation from a patient-centred care point of view. Discussion: Given these results, there must be an open discussion about the terms of “deception” and “therapeutic lying” in their application of PWD and their particularities. The taboo around these terms has also to be addressed. More than the moral definition of these words, it’s also needed some legal guidelines, to protect both sides, and ensure PWD have the respect and dignity they need and deserve in their own specific current situation, by validating them, establishing meaningful relationships with them, where they don’t feel inferior, increasing their quality of life.Introdução: Entre os grandes avanços tecnológicos que temos vivenciado nas últimas décadas, e o consequente investimento nos cuidados de saúde, a população está a alcançar idades mais avançadas de vida. Assim, há muitas doenças crónicas a ganhar relevo, comprometendo a qualidade de vida nestas idades. A demência, como um todo, é uma das principais responsáveis, uma vez que engloba uma deterioração cognitiva que se observa em diferentes domínios, e que se reflete em problemas a nível da memória a curto prazo, personalidade, comportamento e, consequentemente, um comprometimento da capacidade de comunicação destes indivíduos. Tal leva a uma crescente exigência no número de recursos, na quantidade de atenção médica, e, consequentemente, na necessidade de se estabelecer uma melhor conexão entre pacientes e profissionais de saúde, que permita uma comunicação mais eficaz. Entender as suas necessidades, as suas dores, é um desafio para o qual os nossos serviços de saúde não estão ainda preparados. Como tal, é um assunto a necessitar de mais atenção social, merecendo a pena analisar o que tem sido feito. É aqui que se introduzem os conceitos de deceção e mentira terapêutica. A existência das Pessoas com Demência no seu próprio plano de realidade leva à necessidade de outras ferramentas de aceitação da sua realidade. A aceitação da deceção e mentira não é isenta de críticas, abrindo portas a importantes discussões sobre o que é moralmente correto, sobre o que pode ser uma aceitação do Paternalismo médico, e sobre o que são verdadeiramente cuidados centrados no paciente. Com este estudo pretendemos, primeiramente, sistematizar os estudos existentes que abordam o conceito de deceção e mentira terapêutica em Pessoas Com Demência, quando praticada por profissionais de saúde. Esta sistematização foca-se na avaliação dos pensamentos de Pessoas Com Demência e dos seus cuidadores no assunto, bem como na avaliação destes nos profissionais de saúde, identificando as suas razões e motivos de relutância para admitir a prática da mentira. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrada de literatura sobre estudos publicados desde 01/09/2011 até 01/10/2022, sobre deceção em Pessoas Com Demência. Foram consultadas as bases de dados Pubmed, Scopus, Web of Science e Scielo, tendo sido incluídos os estudos que cumprissem os seguintes critérios: estudos em Português, Inglês ou Espanhol, com o texto completo disponível, centrados em pessoas com demência de qualquer etiologia, onde o conceito de mentira associado a deceção estivesse mencionado em conexão com o papel dos profissionais de saúde. Resultados: Os estudos analisados sugerem que o processo da deceção - sobretudo a mentira terapêutica - não é bem visto entre profissionais de saúde devido às suas implicações morais e legais; mas revela ser bastante comum nas instituições de cuidados a pessoas com demência. Houve, ao longo dos anos, a sugestão de algumas linhas de orientação, mas estas não obtiveram a atenção necessária, também por falta de apoio legal e de comunicação com as pessoas implicadas. Observa-se que há alguns a considerar algo tolerável, olhando para o processo como cuidados centrados no paciente. Discussão: Os resultados revelam ser necessária uma discussão aberta sobre os termos de “deceção” e “mentira terapêutica” quando aplicados a pessoas com demência e às suas respetivas particularidades. O tabu à volta destes termos tem de ser reconhecido. Mais que a definição moral destes termos, são precisas algumas orientações legais, para proteger os intervenientes, e garantir que as pessoas com demência têm o respeito e dignidade que precisam e merecem nas suas situações atuais em específico. A conexão que os profissionais de saúde estabelecem com as Pessoas Com Demência, a intenção com que praticam um ato decetivo, o foco que têm em mente quando o fazem, são tudo fatores que têm implicações quando tal se torna necessário. A mitigação do stress em Pessoas Com Demência, a validação destas numa conversa, por escuta ativa, permitindo-lhes manter a sua dignidade como interlocutores profícuos, possibilita a sua existência no fim de vida com maior qualidade de vida, mais bem-estar, e com melhores ligações estabelecidas com os cuidadores formais que as rodeiam.Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsuBibliorumSilva, Joana Cabral da2023-11-07T17:07:34Z2023-06-232023-04-292023-06-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13528TID:203375793enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:57:09Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13528Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:56.923620Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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