A crise de valores na arquitetura na era da globalização : entre a responsabilidade e a liberdade formal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinheiro, Nuno Manuel Santos Falcão Moreno, 1986-
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11067/4449
Resumo: Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2018
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spelling A crise de valores na arquitetura na era da globalização : entre a responsabilidade e a liberdade formalArquitectura e globalizaçãoArquitectura - FilosofiaÉticaGehry, Frank, 1929- - Crítica e interpretaçãoVieira, Álvaro Siza, 1933- - Crítica e interpretaçãoDissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2018Exame público realizado em 22 de Fevereiro de 2019Toda a cultura é uma construção humanística e para poder estabelecer-se de uma forma coesa e duradoura pressupõe um conjunto de valores de referência, de certo consenso desenvolvido ao longo do espaço e do tempo, que permita que esses valores se enraízem e desenvolvam. Para que tal aconteça é necessária certa estabilidade, que permita aos valores renovarem-se, que permita a criação de novos valores. E assim a cultura cria-se, adapta-se e constrói-se ao longo de um tempo. Mas, ao contrário de estabilidade, predomina hoje a ideia de crise de valores. O complexo processo de globalização veio agravar nas sociedades contemporâneas e especialmente na sociedade ocidental um sentimento de crise, de vazio, de niilismo. Naturalmente, esta situação reflete-se também na arquitetura onde, apesar do constante debate, não há sinal de um consenso no horizonte, expressando-se pela dispersão de abordagens artísticas. E o que torna o fenómeno mais sensível é o facto de a prosperidade cultural pressupor a diversidade criativa. Haverá, então, que compreender qual o papel da arquitetura neste complexo contexto global, onde predomina a divergência em detrimento dos consensos do passado. Será a maior liberdade formal de que goza hoje a arquitetura compatível com as suas responsabilidades e a sua tradicional função ética? Se por um lado a expressão formal faz parte da sua génese comunicativa e simbólica, por outro lado, na ausência de uma ética essa liberdade pode degenerar num caos. Está em jogo o facto de a globalização não assentar em valores estéticos e éticos seguros, o facto de a arquitetura se poder afastar da sua função ética, do exercício correto da sua profissão. Dado a arquitetura se materializar através de uma forma concreta assumida por um juízo, a dualidade ética versus liberdade formal parece concentrar todos os argumentos críticos, que permitem abrir – mas não encerrar – o debate sobre o exercício consciente da arquitetura como atividade humanística.Every culture is a humanistic construction and, in order to establish itself in a cohesive and lasting way, presupposes a set of values as reference; a certain consensus developed throughout space and time that allows these values to take root and develop. This requires certain stability so that values can be renewed and new values can emerge. Thus, culture is created, adapted and built over time. But, in contrast to stability, the idea of a crisis of values currently prevails. The complex process of globalization has aggravated a sense of crisis, of emptiness, of nihilism in contemporary societies, especially in Western society. Naturally, this situation is also reflected in architecture where, despite the constant debate, there is no sign of a consensus on the horizon evidenced by the dispersion of artistic approaches. And what makes this problem harder to solve is the fact that cultural prosperity requires creative diversity from its outset. Therefore, it is important to understand the role of architecture in such a complex global context where divergence prevails over the consensus of the past. Is the greater formal freedom that architecture enjoys today consistent with its responsibilities and its traditional ethical function? On the one hand, the formal expression is part of its communicative and symbolic genesis but, on the other hand, in the absence of ethics such freedom can degenerate into chaos. At stake is the fact that globalization is not based on reliable aesthetic and ethical values, the fact that architecture might depart from its ethical function, from the correct exercise of its profession. Given that architecture materializes through a tangible form assumed by a judgment, the duality of ethics versus formal freedom seems to concentrate all the critical arguments that allow us to open, but not close, the debate on the conscious exercise of architecture as a humanistic activity.2019-02-26T21:16:27Z2019-02-262018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdftext/plain; charset=utf-8http://hdl.handle.net/11067/4449http://hdl.handle.net/11067/4449TID:202196127porPinheiro, Nuno Manuel Santos Falcão Moreno, 1986-info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-04T01:43:36Zoai:repositorio.ulusiada.pt:11067/4449Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:24:52.555292Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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