Identidade, memória e a ecranização. O indivíduo e a experiência na era hipermoderna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ana
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/vista.3006
Resumo: Enquanto aspetos indissociáveis, a identidade e a memória do indivíduo congregam uma importância social de grande relevo – enquanto molda o indivíduo, a memória é também moldada por ele e pela sua experiência. É através desta ligação e da dialética por elas produzida, que memória e identidade conduzem a trajetória da história do indivíduo e produzem a narrativa que traduz a sua essência. A par disso, a crescente preponderância do ecrã no dia-a-dia tem vindo a ditar alterações profundas na vida socioeconómica e no próprio comportamento dos cidadãos. Nos ecrãs tudo flui, neles tudo ganha sentido – o real, o discurso e a imagem ganham forma. O poder decorrente e produzido pelo ecrã ultrapassa já, nos dias de hoje, o domínio da Comunicação – ocupa o lugar de centro de ação, de vida, centro performativo – lugar bem patente na máxima “se não passou na televisão, não aconteceu”. Acreditando que a leitura feita dos acontecimentos e o modo como a experiência é vivida através do ecrã moldam a forma como o indivíduo constrói as suas memórias e a sua própria identidade, este artigo procura compreender a Comunicação como processo de construção de sentido para o Indivíduo, a construção da identidade do Eu através da ecranização da experiência e a influência do ecrã na construção da memória. Tomando como base os estudos da recepção (codificação/ descodificação), da memória e construção da memória, da identidade e reconhecimento, o intuito último deste trabalho é delinear pontos de cruzamento e alterações nas ligações existentes entre quatro aspetos-chave da investigação em Ciências da Comunicação – identidade, memória, ecranização e experiência.
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