Fatores associados e indicações para a prática de cesariana: um estudo caso-controlo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Ana Rita
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300003
Resumo: Objetivos: Determinar se são fatores associados à realização de cesarianas: nível de escolaridade, índice de massa corporal (IMC), hábitos tabágicos maternos, nuliparidade, antecedentes de cesariana prévia, setor da vigilância obstétrica, macrossomia e antecedentes de diabetes ou hipertensão arterial (HTA); Analisar: i) a associação entre a prática de cesarianas e complicações pós-parto (hemorragia, infeção ou necessidade de reinternamento); ii) a associação entre a prática de cesarianas e a taxa de aleitamento materno exclusivo à data da alta; iii) descrever as indicações apontadas para a realização de cesariana. Tipo de estudo: Analítico retrospetivo tipo caso-controlo. Local: Hospital Santo André, Leiria. População: Amostra aleatória estratificada não proporcional de 400 mulheres (200 submetidas a cesariana e 200 a parto vaginal) cujo parto decorreu no ano de 2010. Métodos: Pesquisa de associação entre as variáveis e o tipo de parto por análise estatística bivariada, com cálculo do odds-ratio e teste do qui-quadrado, adotando-se um nível de significância de 0,05. Resultados: A percentagem de realização de cesarianas aumentou com a escolaridade (p < 0,001). No grupo das cesarianas a taxa de nuliparidade foi de 57,0% (p = 0,002). Das multíparas submetidas a cesariana, 87,7% apresentavam antecedentes de cesariana (p < 0,001). Entre aquelas submetidas a cesariana, verificou-se que a maior prevalência de HTA (72,4%, p = 0,012) e de vigilância obstétrica ocorreu no setor privado (56,9%, p = 0,002). Em 81,0% dos recém-nascidos sob aleitamento artificial e 58,5% dos que faziam aleitamento misto, à data da alta, o parto ocorreu por cesariana (p = 0,005). Dos partos complicados por infeção 88,9% eram cesariana (p = 0,001). Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre a realização de cesariana e hábitos tabágicos, IMC materno, diabetes e macrossomia. Conclusões: Maior escolaridade, nuliparidade, vigilância obstétrica no setor privado, cesariana prévia, HTA, aleitamento artificial e infeção pós-parto associaram-se à prática de cesariana.
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