Ajustamento psicossocial e morbilidade psiquiátrica em adolescentes e jovens adultos com cardiopatias congénitas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Isabela Ribeiro de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/209
http://hdl.handle.net/20.500.11816/209
Resumo: Objectivos: estudar o ajustamento psicossocial e morbilidade psiquiátrica de adolescentes e jovens adultos com Cardiopatias Congénitas (CC). Métodos: participaram 110 pacientes com cardiopatias congénitas, com idades compreendidas entre os 12 e os 26 anos de idade (média = 1,80 ± 3,617). A recolha dos dados demográficos e clínicos foi realizada num único momento temporal, tendo sido aplicado um conjunto de instrumentos incluindo uma entrevista semi-estruturada, para pacientes com idade até aos 18 anos foi preenchido o Youth Self Report (YSR) e Child Behaviour Checklist (CBCL) e para pacientes com mais de 18 anos preencheram-se os questionários Adult Self Report (ASR) e Adult Behavior Checklist (ABCL) e também uma entrevista psiquiátrica estandardizada (SADS-L) Resultados: Nesta investigação verificou-se uma prevalência de 21,8% relativamente à existência de psicopatologia enquanto que outros estudos revelaram um valor de 10% de prevalência psiquiátrica na população em geral. Estes valores podem traduzir-se numa relação entre Cardiopatias congénitas e a existência de psicopatologia. Revelou-se também uma maior prevalecia do sexo feminino (31,3%) aquando da existência de psicopatologia. Pacientes do sexo feminino, comparativamente ao sexo masculino, apresentaram valores superiores relativamente a queixas somáticas (u=260,000; p=0,011), ansiedade/depressão (u=984,000; p=0,002), alteração de pensamento (u=1069,500; p=0,010), problemas de atenção (u=1123,500; p=0,027), comportamento agressivo (u=920,500; p=0,001), internalização (u=869,000; p=0,000) e externalização (u=1163,000; p=0,050) traduzindo-se num pior ajustamento psicossocial. Pacientes com uma forma complexa de CC apresentam valores superior relativamente à internalização (u=939,000; p=0,030); aqueles submetidos a intervenção cirúrgica apresentam valores elevados de isolamento (u=719,000; p=0,037), pacientes com pior suporte social tem valores elevados relativamente ao isolamento (u=557,500; p=0,000) e problemas sociais (u=748,500; p=0,023) apresentando pior ajustamento psicossocial. Conclusões: É possível concluir que os pacientes com CC do sexo feminino revelam maior probabilidade de apresentar uma psicopatologia. Pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas, com uma forma complexa de CC, com pior suporte social apresentam pior ajustamento psicossocial.
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