Perfil isotópico e contaminantes em tartaruga-comum Caretta caretta nos mares da Madeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raposo, Cheila Sofia Ferreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/32020
Resumo: Tese de mestrado em Biologia da Conservação, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, em 2017
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spelling Perfil isotópico e contaminantes em tartaruga-comum Caretta caretta nos mares da MadeiraCaretta carettaEspecialização tróficaIsótopos estaveisMetais pesadosRegião oceânica do arquipélago da MadeiraTeses de mestrado - 2017Domínio/Área Científica::Ciências Naturais::Ciências BiológicasTese de mestrado em Biologia da Conservação, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, em 2017A tartaruga-comum, Caretta caretta, é uma espécie migratória que passa os primeiros anos de vida no alto mar, numa fase oceânica ou pelágica obrigatória também denominada de “anos perdidos”. Apesar desta fase constituir uma parte importante para o desenvolvimento dos juvenis de tartaruga-comum, é uma fase que ainda apresenta lacunas no conhecimento relativo à ecologia da espécie. A região oceânica do arquipélago da Madeira apresenta uma posição geográfica privilegiada para o conhecimento da ecologia dos juvenis de tartaruga-comum, uma vez que se insere na área de distribuição destes juvenis no Atlântico Norte. Atualmente não estão publicados estudos sobre o nível trófico e metais pesados para os juvenis de tartaruga-comum na região oceânica do arquipélago da Madeira. Este estudo permitirá melhorar o conhecimento da posição trófica através da análise de isótopos estáveis e dos níveis de contaminação por metais pesados em diferentes tecidos dos juvenis de tartaruga-comum para a região oceânica do arquipélago da Madeira. Foram analisados 24 exemplares capturados vivos e 12 exemplares recolhidos mortos nos palangres derivantes de profundidade. Foram efetuadas análises de isótopos estáveis e análises de quantificação de diferentes metais pesados (mercúrio, crómio, manganês, ferro, cobalto, níquel, cobre, zinco, arsénio, cádmio e chumbo) em diferentes tecidos (sangue, músculo, fígado, gordura e cérebro). Através da análise de isótopos estáveis foi demonstrado que existe uma diferença na posição trófica entre o grupo de tartarugas capturadas vivas e o grupo de tartarugas mortas nos palangres derivantes de profundidade, sendo que as últimas apresentam um valor médio mais elevado da razão isotópica de azoto. Neste estudo sugere-se que o grupo de tartarugas mortas no palangre derivante de profundidade constitui uma fração da população que apresenta especialização trófica. Não foram encontradas diferenças nas razões isotópicas de carbono para os dois grupos de tartarugas. Os resultados das análises de quantificação de metais pesados indicam que não existem diferenças entre os níveis de concentração média de mercúrio no sangue para os dois grupos de tartarugas analisados. A gordura foi o tecido que apresentou a menor concentração média de mercúrio ao passo que o fígado foi o tecido que apresentou a maior concentração média deste metal. Os valores de mercúrio no sangue estão relacionados com os valores de mercúrio encontrados no cérebro e músculo. Observou-se ainda que poderá estar a ocorrer um aumento de mercúrio conforme o nível trófico ocupado pelas tartarugas. Verificou-se uma maior propensão para a acumulação de mercúrio na sua forma orgânica quer no músculo quer no fígado. No geral foram encontrados baixos níveis de contaminação de todos os metais pesados analisados, com exceção do ferro, zinco e arsénio. Também foram encontradas associações de alguns metais pesados com o músculo e o fígado, sendo que o músculo se encontra associada à presença de zinco, chumbo e arsénio e o fígado à presença de manganês, ferro, cobalto, cobre, cádmio e mercúrio. Com base nos resultados obtidos neste estudo e em comparação com os resultados obtidos noutros estudos, parece que região oceânica do arquipélago da Madeira é uma área geográfica que apresenta baixos níveis de contaminação.The loggerhead sea turtle, Caretta caretta, is a migratory species that spends the first years of their life in the open sea, within an oceanic or pelagic stage also called “the missing years”. Although this life stage represents an important period for the development of juvenile loggerhead sea turtles, there are still gaps of knowledge concerning the ecology of these species during this oceanic stage. The oceanic region of Madeira archipelago has a privileged geographic position for the knowledge of the ecology of juvenile loggerhead sea turtles since it lies in the main area of distribution of North Atlantic juvenile loggerhead sea turtles. There are no studies regarding the trophic niche and heavy metals for the juvenile loggerhead sea turtles in the oceanic region of Madeira archipelago. The present study will allow to improve the knowledge about the trophic position through stable isotopes analysis and the levels of contamination by heavy metals in different tissues of juvenile loggerhead sea turtles for this area. Twenty-four specimens captured alive and twelve specimens victims of bycatch in the depth-drifting longlines were collected and analysed. Stable isotope analysis and concentrations of different heavy metals (mercury, chromium, manganese, iron, cobalt, nickel, copper, zinc, arsenic, cadmium and lead) were performed in different tissues (blood, muscle, liver, fat and brain). Stable isotope analysis has shown that there is a difference in the trophic position between the group of turtles captured alive and the group of turtles victims of bycatch, with the latter showing a higher average value of the ratio of stable nitrogen isotope. It is suggested in the present study that the group of turtles victims of bycatch represents a fraction of the population that presents trophic specialization. Consequently, this group also presents a higher probability of death. No differences were found between the two groups of turtles regarding the values of the ratio stable carbon isotope. Heavy metals analysis has shown that there are no differences between the average concentrations of mercury concerning the two groups of turtles analysed in this study. The adipose tissue presented the lower average concentration of mercury while liver presented the higher average concentration. The concentrations of mercury in blood seem to be closely related with the mercury concentrations found in the brain and muscle. It was noticed that it may be occurring an increase of mercury in accordance to the trophic level occupied by turtles. There has been a greater propensity for an accumulation of mercury in its organic form in both muscle and liver. In general, low levels of contamination were found for all heavy metals analysed with the exception of iron, zinc and arsenic. There were also been found associations between some heavy metals with muscle and liver. Zinc, lead and arsenic were found associated with muscle while manganese, iron, cobalt, copper, cadmium and mercury were found associated with liver. Based on the results of this study and comparing the results acquired from other studies, it seems that the oceanic region of Madeira archipelago is a geographic area with low levels of contamination.Granadeiro, José Pedro,1964-Dellinger, ThomasRepositório da Universidade de LisboaRaposo, Cheila Sofia Ferreira2018-02-27T15:26:46Z201720172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/32020TID:201871904porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:25:57Zoai:repositorio.ul.pt:10451/32020Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:47:20.686758Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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