Fitoterapia no tratamento da patologia da gota

• Autor(a) principal: Portugal, Francisca Gouveia
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/17643
• topic: Gota; Fitoterapia; Ácido urico; Hiperuricemia; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas

A gota é uma doença reumática desencadeada pela resposta inflamatória à deposição e acumulação de cristais de monourato de sódio, que se pode desenvolver em indivíduos com níveis séricos elevados de ácido úrico (hiperuricémia) devido à sua superprodução ou deficiente eliminação renal e ou intestinal. Para que seja considerado gota, e não apenas hiperuricemia, exige a manifestação dos sintomas típicos da resposta inflamatória. Nas últimas décadas é possível verificar um aumento da prevalência da gota. Atinge entre 1-4 % dos adultos em todo o mundo e em Portugal, estima-se que afete 1,6% da nossa população. Apesar da inquestionável eficácia das alternativas terapêuticas existentes atualmente no mercado farmacêutico, a evidência científica descortinou efeitos adversos severos. Em contrapartida, a comunidade científica alega a existência de um leque diversificado de plantas com aplicação quer na prevenção quer no tratamento da gota, seja pelo seu uso empírico, seja porque a sua efetividade foi avaliada in vitro e/ou in vivo, baseando-se no seu potencial de inibição sobre a xantina oxidase (XO), na sua ação uricosúrica ou pelo seu efeito antiinflamatório e antioxidante. O presente trabalho que é uma revisão bibliográfica com recurso a ferramentas como a PubMed e a guidelines terapêuticas indicadas para a gota, começa pela definição, evolução histórica, classificação, epidemiologia, patogenia e manifestações clínicas desta patologia. De seguida, apresenta a terapia convencional geralmente dirigida para a gota, focando-se depois nos estudos que utilizam as plantas, quer em estudos in vitro quer em estudos in vivo, com potencial ação farmacológica nesta doença. O contributo do farmacêutico no tratamento da gota é igualmente abordado bem como a necessidade da farmacovigilância em Produtos à Base de Plantas.