Isolamento e cultura de células do tecido cavernoso humano: carcterizaçã fenotípica e identificação de purinoceptores por imunoflurescência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/8730 |
Resumo: | A adenosina é um nucleosídeo ubíquo responsável pela regulação da actividade celular através da activação de receptores existentes na membrana das células. A activação de alguns destes receptores intervém na regulação do tónus vascular do tecido cavernoso animal e humano. Estudos anteriores mostraram que os receptores da adenosina dos subtipos A2A e A2B, supostamente localizados no músculo liso e no endotélio vascular do tecido cavernoso humano, respectivamente, estão alterados do ponto de vista funcional em casos de disfunção eréctil vasculogénica (DEV). A DEV está associada a factores de risco, como a Diabetes mellitus do tipo 2, a hipertensão arterial, a hipercolesterolemia e hábitos tabágicos; estes factores estão também associados a alterações marcadas da função endotelial e, consequentemente, a um risco aumentado de doenças cardiovasculares. Sendo a adenosina um potente regulador do tónus vascular, admite-se que a sua participação seja fundamental na regulação da erecção peniana. É, assim, possível supor que a perda do efeito tónico de relaxamento nos vasos penianos da adenosina possa estar na origem da DEV. Para melhor caracterizar o papel da adenosina no controlo da erecção peniana, este estudo procurou estabelecer um protocolo apropriado para o isolamento de células musculares lisas e endoteliais a partir de amostras de tecido cavernoso humano e de rato usando a técnica de explante e a de dissociação enzimática. A caracterização fenotípica das células foi realizada por imunofluorescência indirecta. Esta técnica também foi usada para identificar a presença de receptores purinérgicos nas células isoladas em cultura. Comparativamente com a técnica de explante, a dissociação enzimática das células revelou-se mais eficaz para o isolamento e cultura das células do tecido cavernoso. Esta técnica apresentou um maior rendimento celular, gerando culturas com um elevado número de células viáveis e com um fenótipo bem definido num menor intervalo de tempo. Neste estudo confirmou-se a suspeita fundamentada por ensaios funcionais de que as células musculares lisas do tecido cavernoso humano expressam receptores da adenosina do subtipo A2A. Esta marcação co-localiza com o marcador fenotípico de fibras musculares lisas, α-actina muscular lisa, exibindo um padrão de fluorescência característico. Os resultados preliminares obtidos neste estudo permitem encarar com optimismo ensaios futuros destinados à caracterização de receptores e de enzimas envolvidas na sinalização purinérgica no tecido cavernoso humano e, até, iniciar estudos funcionais em célula única (e.g. “single-cell calcium imaging”) para avaliar possíveis alterações funcionais com significado terapêutico em doentes portadores de DEV resistente a fármacos. |
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Isolamento e cultura de células do tecido cavernoso humano: carcterizaçã fenotípica e identificação de purinoceptores por imunoflurescênciaDisfunção eréctil vasculogénicaTecido cavernosoReceptores da adenosinaCulturas celularesDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da SaúdeA adenosina é um nucleosídeo ubíquo responsável pela regulação da actividade celular através da activação de receptores existentes na membrana das células. A activação de alguns destes receptores intervém na regulação do tónus vascular do tecido cavernoso animal e humano. Estudos anteriores mostraram que os receptores da adenosina dos subtipos A2A e A2B, supostamente localizados no músculo liso e no endotélio vascular do tecido cavernoso humano, respectivamente, estão alterados do ponto de vista funcional em casos de disfunção eréctil vasculogénica (DEV). A DEV está associada a factores de risco, como a Diabetes mellitus do tipo 2, a hipertensão arterial, a hipercolesterolemia e hábitos tabágicos; estes factores estão também associados a alterações marcadas da função endotelial e, consequentemente, a um risco aumentado de doenças cardiovasculares. Sendo a adenosina um potente regulador do tónus vascular, admite-se que a sua participação seja fundamental na regulação da erecção peniana. É, assim, possível supor que a perda do efeito tónico de relaxamento nos vasos penianos da adenosina possa estar na origem da DEV. Para melhor caracterizar o papel da adenosina no controlo da erecção peniana, este estudo procurou estabelecer um protocolo apropriado para o isolamento de células musculares lisas e endoteliais a partir de amostras de tecido cavernoso humano e de rato usando a técnica de explante e a de dissociação enzimática. A caracterização fenotípica das células foi realizada por imunofluorescência indirecta. Esta técnica também foi usada para identificar a presença de receptores purinérgicos nas células isoladas em cultura. Comparativamente com a técnica de explante, a dissociação enzimática das células revelou-se mais eficaz para o isolamento e cultura das células do tecido cavernoso. Esta técnica apresentou um maior rendimento celular, gerando culturas com um elevado número de células viáveis e com um fenótipo bem definido num menor intervalo de tempo. Neste estudo confirmou-se a suspeita fundamentada por ensaios funcionais de que as células musculares lisas do tecido cavernoso humano expressam receptores da adenosina do subtipo A2A. Esta marcação co-localiza com o marcador fenotípico de fibras musculares lisas, α-actina muscular lisa, exibindo um padrão de fluorescência característico. Os resultados preliminares obtidos neste estudo permitem encarar com optimismo ensaios futuros destinados à caracterização de receptores e de enzimas envolvidas na sinalização purinérgica no tecido cavernoso humano e, até, iniciar estudos funcionais em célula única (e.g. “single-cell calcium imaging”) para avaliar possíveis alterações funcionais com significado terapêutico em doentes portadores de DEV resistente a fármacos.Correia-de-Sá, PauloRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoLeite, Carla Alexandra Araújo2016-12-06T15:04:47Z2011-092011-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/8730porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:49:58Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/8730Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:29:31.264728Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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