Género e saúde mental: Uma abordagem epidemiológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rabasquinho,Cidália
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Pereira,Henrique
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312007000300010
Resumo: Avaliou-se sob o ponto de vista epidemiológico diferenças entre homens e mulheres que procuraram os serviços das consultas externas da especialidade de Psicologia do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Distrital Amato Lusitano de Castelo Branco, relativamente à psicopatologia apresentada, tipo de intervenção solicitada, psicofármacos prescritos, funcionalidade familiar, familiares com doença mental, tentativas de suicídio. Relacionaram-se outras variáveis demográficas com a psicopatologia apresentada, numa amostra representativa da população resultante em 483 utentes seleccionados aleatoriamente dum total de 2447 que usufruíram destes serviços entre Maio de 1984 e Maio de 2005. Foram encontradas diferenças de género para todas as categorias diagnosticadas, à excepção da esquizofrenia. Os resultados obtidos revelaram vulnerabilidade marcante a sintomas ansiosos e depressivos para a mulher, já que se obtiveram taxas de prevalência mais elevadas para o género feminino em perturbações como o Humor (20,5%): mulheres (M) 72%, homens (H) 38%; Ansiedade (11,2%): M - 64%, H - 36%; Adaptação a situações de vida stressantes (22,8%): M - 77,3%, H - 22,7%; Somatoformes (0,4%): M - 89%, H - 11%. Enquanto os homens apresentaram taxas de prevalência mais elevados em transtornos como os associados ao uso de substâncias psico-activas, álcool (9,3%): (H - 86,7%, M - 13,3%); drogas ilegais (2,5%): H - 55%, M - 45%; comportamentos anti-sociais (1,9%): (H - 67%, M - 33%). Os resultados encontrados levam a concluir não haver diferenças significativas de género nas perturbações psiquiátricas nas populações investigadas, mas sim diferenças nas taxas de "perturbações específicas", resultados que vão ao encontro dos de outros estudos clínicos.
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