“Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Maria de Jesus
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/9145
Resumo: Publicado em 1894, em forte sintonia com um tempo de crise e de questionamento de novos paradigmas de representação teatral (Mallarmé, Maeterlinck), o poema dramático Belkiss, Rainha de Sabá D’Axum e do Hymiar de Eugénio de Castro passou desapercebido no campo da Literatura dramática do fim-de-século XIX e não teve a atenção crítica que merece. Partindo da contextualização da obra, este artigo pretende evidenciar a forma como o projecto estético que lhe está subjacente dialoga e interage quer com textos contemporâneos enformados numa estética simbolista valorizadora do mistério (Maeterlinck e D. João da Câmara), quer com outras tentativas de incursão num teatro da alma, valorizador da palavra (Pessoa e Sá-Carneiro). A análise do tecido poético e metafísico de Belkiss levar-nos-á a descobrir aspectos da sua ―inquietante estranheza‖ em relação à ilusão realista e ao teatro de puro divertimento que dominava os palcos novecentistas. Published in 1894, in strong line with a time of crisis and questioning of new paradigms of theatrical representation (Mallarmé, Maeterlinck), the dramatic poem Belkiss, Rainha de Sabá D’Axum e do Hymiar of Eugénio de Castro was not noticed in the field of dramatic Literature of the 19th century and had not the critical attention it deserves. Starting from the contextualization of the work, this article aims to show how the aesthetic project that underlies it establishes a dialogue and interacts both with contemporary texts embedded in a symbolist aesthetics valorising mystery (Maeterlinck and D. João da Câmara), and with other attempts to invade a theatre of the soul, valorising the word (Pessoa and Sá-Carneiro). The analysis of the poetic and metaphysical substance of Belkiss will lead us to discover some aspects of its "disturbing strangeness", in relation to realistic illusion and to the theatre of pure entertainment that dominated the stages in the 19th century.
id RCAP_ceb99f4992cc4b4d85e9934474bcb1c0
oai_identifier_str oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/9145
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolistaPublicado em 1894, em forte sintonia com um tempo de crise e de questionamento de novos paradigmas de representação teatral (Mallarmé, Maeterlinck), o poema dramático Belkiss, Rainha de Sabá D’Axum e do Hymiar de Eugénio de Castro passou desapercebido no campo da Literatura dramática do fim-de-século XIX e não teve a atenção crítica que merece. Partindo da contextualização da obra, este artigo pretende evidenciar a forma como o projecto estético que lhe está subjacente dialoga e interage quer com textos contemporâneos enformados numa estética simbolista valorizadora do mistério (Maeterlinck e D. João da Câmara), quer com outras tentativas de incursão num teatro da alma, valorizador da palavra (Pessoa e Sá-Carneiro). A análise do tecido poético e metafísico de Belkiss levar-nos-á a descobrir aspectos da sua ―inquietante estranheza‖ em relação à ilusão realista e ao teatro de puro divertimento que dominava os palcos novecentistas. Published in 1894, in strong line with a time of crisis and questioning of new paradigms of theatrical representation (Mallarmé, Maeterlinck), the dramatic poem Belkiss, Rainha de Sabá D’Axum e do Hymiar of Eugénio de Castro was not noticed in the field of dramatic Literature of the 19th century and had not the critical attention it deserves. Starting from the contextualization of the work, this article aims to show how the aesthetic project that underlies it establishes a dialogue and interacts both with contemporary texts embedded in a symbolist aesthetics valorising mystery (Maeterlinck and D. João da Câmara), and with other attempts to invade a theatre of the soul, valorising the word (Pessoa and Sá-Carneiro). The analysis of the poetic and metaphysical substance of Belkiss will lead us to discover some aspects of its "disturbing strangeness", in relation to realistic illusion and to the theatre of pure entertainment that dominated the stages in the 19th century.Universidade Católica PortuguesaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaCabral, Maria de Jesus2012-09-17T11:32:45Z20102010-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/9145porCABRAL, Maria de Jesus - “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista. Máthesis. Viseu. ISSN 0872-0215. Nº 19 (2010), p. 77-95.0872-021510.34632/mathesis.2010.5182info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:14:08Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/9145Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:13.118238Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
title “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
spellingShingle “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
Cabral, Maria de Jesus
title_short “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
title_full “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
title_fullStr “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
title_full_unstemmed “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
title_sort “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista
author Cabral, Maria de Jesus
author_facet Cabral, Maria de Jesus
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
dc.contributor.author.fl_str_mv Cabral, Maria de Jesus
description Publicado em 1894, em forte sintonia com um tempo de crise e de questionamento de novos paradigmas de representação teatral (Mallarmé, Maeterlinck), o poema dramático Belkiss, Rainha de Sabá D’Axum e do Hymiar de Eugénio de Castro passou desapercebido no campo da Literatura dramática do fim-de-século XIX e não teve a atenção crítica que merece. Partindo da contextualização da obra, este artigo pretende evidenciar a forma como o projecto estético que lhe está subjacente dialoga e interage quer com textos contemporâneos enformados numa estética simbolista valorizadora do mistério (Maeterlinck e D. João da Câmara), quer com outras tentativas de incursão num teatro da alma, valorizador da palavra (Pessoa e Sá-Carneiro). A análise do tecido poético e metafísico de Belkiss levar-nos-á a descobrir aspectos da sua ―inquietante estranheza‖ em relação à ilusão realista e ao teatro de puro divertimento que dominava os palcos novecentistas. Published in 1894, in strong line with a time of crisis and questioning of new paradigms of theatrical representation (Mallarmé, Maeterlinck), the dramatic poem Belkiss, Rainha de Sabá D’Axum e do Hymiar of Eugénio de Castro was not noticed in the field of dramatic Literature of the 19th century and had not the critical attention it deserves. Starting from the contextualization of the work, this article aims to show how the aesthetic project that underlies it establishes a dialogue and interacts both with contemporary texts embedded in a symbolist aesthetics valorising mystery (Maeterlinck and D. João da Câmara), and with other attempts to invade a theatre of the soul, valorising the word (Pessoa and Sá-Carneiro). The analysis of the poetic and metaphysical substance of Belkiss will lead us to discover some aspects of its "disturbing strangeness", in relation to realistic illusion and to the theatre of pure entertainment that dominated the stages in the 19th century.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010
2010-01-01T00:00:00Z
2012-09-17T11:32:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.14/9145
url http://hdl.handle.net/10400.14/9145
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv CABRAL, Maria de Jesus - “Uma grande sombra que sente e se não vê”: Belkiss nos trilhos da literatura dramática simbolista. Máthesis. Viseu. ISSN 0872-0215. Nº 19 (2010), p. 77-95.
0872-0215
10.34632/mathesis.2010.5182
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica Portuguesa
publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica Portuguesa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131751358922752