Nosocomial and community-acquired urinary tract infections
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/52920 |
Resumo: | No passado, acreditava-se que o trato urinário fosse um local estéril, onde a aquisição de bactérias era um fator disruptivo para o aparecimento de infeções do trato urinário. Estudos clínicos contradizem essa ideologia, confirmando a presença de um microbioma saudável, com mecanismos de defesa importantes. As infeções do trato urinário são consideradas a segunda causa mais comum de doenças infeciosas, assumindo 40% de todas as infeções nosocomiais e a maioria das infeções adquiridas na comunidade. Importa reiterar que muitas destas são desenvolvidas em pacientes saudáveis, sem comorbilidades. As repercussões financeiras das infeções do trato urinário são enormes, principalmente devido à sua elevada incidência. Dois exemplos, como a cistite e a pielonefrite, são os principais contribuintes para este problema de saúde. Os custos incluem prescrições de antibióticos, ausências laborais por doença, despesas de hospitalização, entre outos. Adicionalmente, o fator de recorrência acaba por avultar os custos associados a uma infeção urinária. Um dos grandes problemas que surge é a crescente resistência antibiótica, uma vez que o tratamento usual das infeções urinárias exige este tipo de prescrição. O associado uso excessivo de antibióticos causa problemas preocupantes, não só para a segurança do paciente, como também para a comunidade envolvente. Desta forma, o médico deve não só questionar a gravidade da infeção, mas ainda, se existe benefício no tratamento antibiótico de um determinado paciente. Para mudar o paradigma da resistência aos antibióticos estão a ser desenvolvidas novas estratégias de tratamento e medidas profiláticas. No entanto, existe ainda um longo caminho para ser percorrido, através da amplificação do número de estudos clínicos e do aprofundamento do conhecimento tanto do microbioma existente no trato urinário como das opções terapêuticas que dele podem resultar. |
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Nosocomial and community-acquired urinary tract infectionsNosocomial infectionCommunity-acquired infectionUrinary tract infectionsRecurrent infectionAntibioticsMestrado integrado - 2021Ciências da SaúdeNo passado, acreditava-se que o trato urinário fosse um local estéril, onde a aquisição de bactérias era um fator disruptivo para o aparecimento de infeções do trato urinário. Estudos clínicos contradizem essa ideologia, confirmando a presença de um microbioma saudável, com mecanismos de defesa importantes. As infeções do trato urinário são consideradas a segunda causa mais comum de doenças infeciosas, assumindo 40% de todas as infeções nosocomiais e a maioria das infeções adquiridas na comunidade. Importa reiterar que muitas destas são desenvolvidas em pacientes saudáveis, sem comorbilidades. As repercussões financeiras das infeções do trato urinário são enormes, principalmente devido à sua elevada incidência. Dois exemplos, como a cistite e a pielonefrite, são os principais contribuintes para este problema de saúde. Os custos incluem prescrições de antibióticos, ausências laborais por doença, despesas de hospitalização, entre outos. Adicionalmente, o fator de recorrência acaba por avultar os custos associados a uma infeção urinária. Um dos grandes problemas que surge é a crescente resistência antibiótica, uma vez que o tratamento usual das infeções urinárias exige este tipo de prescrição. O associado uso excessivo de antibióticos causa problemas preocupantes, não só para a segurança do paciente, como também para a comunidade envolvente. Desta forma, o médico deve não só questionar a gravidade da infeção, mas ainda, se existe benefício no tratamento antibiótico de um determinado paciente. Para mudar o paradigma da resistência aos antibióticos estão a ser desenvolvidas novas estratégias de tratamento e medidas profiláticas. No entanto, existe ainda um longo caminho para ser percorrido, através da amplificação do número de estudos clínicos e do aprofundamento do conhecimento tanto do microbioma existente no trato urinário como das opções terapêuticas que dele podem resultar.Formerly it was thought that the urinary tract was a sterile place, where the acquisition of bacteria was a disruptive factor for the appearance of urinary tract infections. Nowadays, the clinical studies contradict this ideology, confirming the presence of a healthy microbiome, with important defence mechanisms. Urinary tract infections are considered the second most common cause of infectious diseases, assuming 40% of all infections acquired in the hospitals and the majority of community-acquired infections. It is noteworthy that many of these are developed in healthy patients, without comorbidities. The financial implications of urinary tract infections are enormous, predominantly a result of its high incidence. Two examples of it, such as cystitis and pyelonephritis, are major contributors to the overall health burden. The costs include antimicrobial prescriptions, sick days, hospitalization expenses, among others. Furthermore, the recurrence factor ends up looming the costs associated with a urinary infection. One of the big problems arising is the growing resistance to antibiotics, since the usual treatment of urinary infections requires antibiotic prescription. The associated antibiotic overuse causes serious problems, not only for the specific patient safety but for the surrounding community. Thus, the physician must question not only the state of the infection, but if there is benefit in a certain patient’s antibiotic treatment. To shift the paradigm of antibiotic resistance, new treatment strategies and prophylactic measures are emerging. However, there is still a long way to go, through the amplification of the number of clinical studies and the knowledge of both the microbiome existing in the urinary tract and the therapeutic options that may result from it.Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, 2021, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia.Jordão, Maria Isabel Nobre Franco de Portugal DiasRepositório da Universidade de LisboaMartins, Catarina Gomes do Rosário Silva2022-05-12T10:53:32Z2021-07-152021-07-012021-07-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/52920TID:202986616enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:58:27Zoai:repositorio.ul.pt:10451/52920Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:03:56.428162Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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