Sintomas não-motores da doença de Parkinson
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/20399 |
Resumo: | A Doença de Parkinson é considerada uma doença movimento paradigmática, cujo diagnóstico se baseia essencialmente no reconhecimento dos sintomas motores “clássicos”, tais como acinésia, tremor em repouso e rigidez; estes sintomas estão relacionados com o défice dopaminérgico subsequente à degenerescência da substantia nigra pars compacta. No entanto, cada vez mais tem vindo a ser focado um espectro de sintomas não-motores que afectam a grande maioria dos doentes, contribuindo para incapacidade marcada e impacto negativo na qualidade de vida. A sua etiologia é multifactorial, estando provavelmente envolvidos mecanismos de degenerescência não só das vias dopaminérgicas, como também de vias não-dopaminérgicas. Apesar de serem muito comuns, permanecem sub-reconhecidos e subtratados, ainda que existam fármacos disponíveis e eficazes no tratamento de alguns destes sintomas, nomeadamente a obstipação e a depressão. Outros podem ser mais difíceis de controlar, não respondendo à terapêutica dopaminérgica, constituindo um desafio para futuras estratégias terapêuticas. Este trabalho tem como objectivo fazer a revisão detalhada da literatura existente acerca dos sintomas não-motores e recentes avanços no conhecimento da doença, com especial relevo para perturbações do sono, alterações neuropsiquiátricas, desautonomia e disfunção sensorial. Chamamos a atenção para o facto de algumas destas alterações surgirem ainda antes dos sintomas motores, ou mesmo antes da doença clinicamente manifesta, tal como a disfunção do olfacto ou a Perturbação do Sono REM (Rapid-Eye Movement Sleep Behaviour Disorder); estes achados suportam a hipótese clinicopatológica proposta por Braak, o que poderá constituir uma base científica para a utilização futura de ferramentas de rastreio e diagnóstico precoce desta afecção. Deste modo, poderá aprofundar-se o conhecimento acerca do seu processo neuropatológico e, consequentemente, desenvolver novos fármacos com capacidade de atrasar ou mesmo prevenir a progressão da doença. |
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Sintomas não-motores da doença de ParkinsonDoença de ParkinsonSintomasA Doença de Parkinson é considerada uma doença movimento paradigmática, cujo diagnóstico se baseia essencialmente no reconhecimento dos sintomas motores “clássicos”, tais como acinésia, tremor em repouso e rigidez; estes sintomas estão relacionados com o défice dopaminérgico subsequente à degenerescência da substantia nigra pars compacta. No entanto, cada vez mais tem vindo a ser focado um espectro de sintomas não-motores que afectam a grande maioria dos doentes, contribuindo para incapacidade marcada e impacto negativo na qualidade de vida. A sua etiologia é multifactorial, estando provavelmente envolvidos mecanismos de degenerescência não só das vias dopaminérgicas, como também de vias não-dopaminérgicas. Apesar de serem muito comuns, permanecem sub-reconhecidos e subtratados, ainda que existam fármacos disponíveis e eficazes no tratamento de alguns destes sintomas, nomeadamente a obstipação e a depressão. Outros podem ser mais difíceis de controlar, não respondendo à terapêutica dopaminérgica, constituindo um desafio para futuras estratégias terapêuticas. Este trabalho tem como objectivo fazer a revisão detalhada da literatura existente acerca dos sintomas não-motores e recentes avanços no conhecimento da doença, com especial relevo para perturbações do sono, alterações neuropsiquiátricas, desautonomia e disfunção sensorial. Chamamos a atenção para o facto de algumas destas alterações surgirem ainda antes dos sintomas motores, ou mesmo antes da doença clinicamente manifesta, tal como a disfunção do olfacto ou a Perturbação do Sono REM (Rapid-Eye Movement Sleep Behaviour Disorder); estes achados suportam a hipótese clinicopatológica proposta por Braak, o que poderá constituir uma base científica para a utilização futura de ferramentas de rastreio e diagnóstico precoce desta afecção. Deste modo, poderá aprofundar-se o conhecimento acerca do seu processo neuropatológico e, consequentemente, desenvolver novos fármacos com capacidade de atrasar ou mesmo prevenir a progressão da doença.Parkinson’s Disease is considered a paradigmatic movement disorder and its diagnosis rests essentially on the recognition of the “classical” motor symptoms such as resting akynesia, tremor and rigidity; these symptoms are related with the dopaminergic defficiency subsequent to the degeneration of the substantia nigra pars compacta. However, a spectrum of non-motor symptoms has been increasingly focused that affects the large majority of the patients, contributing to severe disability and negative impact in quality of life. Their etiology is multifactorial, with probable involvement of degeneration mechanisms not only in dopaminergic pathways, but also in the non-dopaminergic ones. Although very common, they remain under-recognised and undertreated, despite the existence of available and effective drugs for the treatment of some of these symptoms, such as constipation or depression. Others may be harder to manage, nonresponsive to the dopaminergic treatment, constituting a challenge to the development of future therapeutic strategies. This review intends to provide a detailed overview of the existent literature on the non-motor symptoms and recent advances about the pathologic mechanisms of the disease, with special relevance to sleep impairment, neuropsychiatric disturbances, autonomic disorders and olfactory dysfunction. We point out the fact that some of these disturbances occur before the motor symptoms, or even before the clinically manifest disease, such as olfactive dysfunction or Rapid-Eye Movement Sleep Behaviour Disorder; these findings support the clinicopathologycal hypothesis proposed by Braak, which might compose a scientific basis for a future use of screening tools and early diagnosis of this disease. Thus, it will be possible to extend the knowledge about its neuropathologycal process, leading to the development of new drugs with the potential to slow or even prevent the disease progression.2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/20399http://hdl.handle.net/10316/20399porGil, Inês Sofia Morais Camposinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:46Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/20399Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:30.244766Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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