Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria, Susana Alexandra Magalhães
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11117
Resumo: O presente relatório de Estágio de Natureza Profissional documenta as atividades realizadas no âmbito do Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar, que decorreu numa Unidade de Saúde Familiar do Norte do País, entre outubro de 2019 e março de 2020. Pretendeu-se desenvolver as competências inerentes ao Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária na área da Enfermagem de Saúde Familiar: cuidar da família como unidade de cuidados, e de cada um dos seus membros, ao longo do ciclo vital e nos diferentes níveis de prevenção; colaborar nos processos de intervenção no âmbito da Enfermagem de Saúde Familiar. Durante este período, foi implementado um projeto de investigação com o objetivo de caraterizar os idosos de uma USF do norte do país, do ponto de vista sociodemográfico e clínico, descrever as suas vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva, analisar a relação entre as vivências afetivas e sexuais com a felicidade subjetiva, e analisar a relação destes conceitos com as variáveis sociodemográficas e clínicas. Trata-se de um estudo de nível III, com metodologia quantitativa. Para a obtenção de dados, foi aplicado um formulário aos utentes com idade igual e superior a 65 anos, constituído por questões para caracterização sociodemográfica e clínica, escala das vivências afetivas e sexuais dos idosos, e escala da felicidade subjetiva. Foram inquiridos 62 idosos, mais de metade com idades entre os 65 e 74 anos, com ligeiro predomínio do sexo masculino, casados, com ensino básico de escolaridade, aposentados, com renda mensal inferior ao salário mínimo, a viver com o(a) companheiro(a). A maioria pertence à religião católica, e é praticante. Padecem de 1 a 3 patologias, com predomínio da hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2, e mais de metade toma entre 1 a 4 medicamentos por dia. Constatou-se que os idosos têm uma atitude positiva em relação à sexualidade na velhice, e que esta é vivenciada maioritariamente pelos afetos e valores para com o(a) companheiro(a). Verificou-se que o ato sexual é cada vez menos frequente nas vivências da sexualidade dos idosos, embora estes tenham referido que se sentem bem quando têm relações sexuais e que a prática da sexualidade lhes proporciona bem-estar. Aceitam as mudanças causadas pelo envelhecimento, e apresentam uma autoimagem positiva em relação ao aspeto físico atual. Sentem que existe discriminação e preconceito quando se aborda o tema da sexualidade na população idosa, mas, mesmo assim, vivem a própria sexualidade relativizando a opinião dos outros. Quanto ao nível de felicidade subjetiva, a maioria dos idosos refere sentir-se muito feliz, e nem mais nem menos feliz quando comparados com os outros. Conclui-se, ainda, que não gozam muito nem pouco a vida apesar dos problemas, e não se sentem menos felizes do que poderiam ser. Quanto à relação entre as vivências afetivas e sexuais e as variáveis sociodemográficos, foram encontradas diferenças significativas em função da idade, género, estado civil e atividade profissional, relativamente à dimensão “Ato sexual”. Idosos com idades compreendidas entre os 65 e 74 anos, do género masculino, casados, e que exercem atividade profissional, apresentam maior satisfação nesta dimensão. Relativamente à dimensão “Relações afetivas”, encontraram-se diferenças significativas em relação ao género masculino. Relativamente às variáveis clínicas, os idosos não medicados apresentam maior satisfação nas dimensões “Ato sexual” e “Relações afetivas”, em relação aos que são medicados. A satisfação vai diminuindo à medida que aumenta o número diário de fármacos. Na relação entre a felicidade subjetiva e as variáveis sociodemográficas e clínicas, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. No que respeita à relação entre as vivências afetivas e sexuais, e a felicidade subjetiva dos idosos, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas e positivas, em relação às dimensões “Ato sexual” e “Relações afetivas”, ou seja, à medida que aumenta a satisfação nestas dimensões, aumenta a felicidade subjetiva. Podemos verificar que a sexualidade não acaba com a juventude, ela assume contornos diferentes, mas também importantes na idade avançada. As atitudes menos positivas em relação à sexualidade do idoso, e comportamentos que evitam o tema, dificultam a relação enfermeiro/idoso. Neste sentido, cabe aos enfermeiros desmistificar os estereótipos e preconceitos relacionados com a sexualidade do idoso, investindo na própria formação profissional, a fim de promover uma sexualidade saudável e uma velhice feliz.
id RCAP_cf1605d06994237dad22d7ff3d679daa
oai_identifier_str oai:repositorio.utad.pt:10348/11117
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do PaísAfetividadesexualidadeO presente relatório de Estágio de Natureza Profissional documenta as atividades realizadas no âmbito do Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar, que decorreu numa Unidade de Saúde Familiar do Norte do País, entre outubro de 2019 e março de 2020. Pretendeu-se desenvolver as competências inerentes ao Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária na área da Enfermagem de Saúde Familiar: cuidar da família como unidade de cuidados, e de cada um dos seus membros, ao longo do ciclo vital e nos diferentes níveis de prevenção; colaborar nos processos de intervenção no âmbito da Enfermagem de Saúde Familiar. Durante este período, foi implementado um projeto de investigação com o objetivo de caraterizar os idosos de uma USF do norte do país, do ponto de vista sociodemográfico e clínico, descrever as suas vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva, analisar a relação entre as vivências afetivas e sexuais com a felicidade subjetiva, e analisar a relação destes conceitos com as variáveis sociodemográficas e clínicas. Trata-se de um estudo de nível III, com metodologia quantitativa. Para a obtenção de dados, foi aplicado um formulário aos utentes com idade igual e superior a 65 anos, constituído por questões para caracterização sociodemográfica e clínica, escala das vivências afetivas e sexuais dos idosos, e escala da felicidade subjetiva. Foram inquiridos 62 idosos, mais de metade com idades entre os 65 e 74 anos, com ligeiro predomínio do sexo masculino, casados, com ensino básico de escolaridade, aposentados, com renda mensal inferior ao salário mínimo, a viver com o(a) companheiro(a). A maioria pertence à religião católica, e é praticante. Padecem de 1 a 3 patologias, com predomínio da hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2, e mais de metade toma entre 1 a 4 medicamentos por dia. Constatou-se que os idosos têm uma atitude positiva em relação à sexualidade na velhice, e que esta é vivenciada maioritariamente pelos afetos e valores para com o(a) companheiro(a). Verificou-se que o ato sexual é cada vez menos frequente nas vivências da sexualidade dos idosos, embora estes tenham referido que se sentem bem quando têm relações sexuais e que a prática da sexualidade lhes proporciona bem-estar. Aceitam as mudanças causadas pelo envelhecimento, e apresentam uma autoimagem positiva em relação ao aspeto físico atual. Sentem que existe discriminação e preconceito quando se aborda o tema da sexualidade na população idosa, mas, mesmo assim, vivem a própria sexualidade relativizando a opinião dos outros. Quanto ao nível de felicidade subjetiva, a maioria dos idosos refere sentir-se muito feliz, e nem mais nem menos feliz quando comparados com os outros. Conclui-se, ainda, que não gozam muito nem pouco a vida apesar dos problemas, e não se sentem menos felizes do que poderiam ser. Quanto à relação entre as vivências afetivas e sexuais e as variáveis sociodemográficos, foram encontradas diferenças significativas em função da idade, género, estado civil e atividade profissional, relativamente à dimensão “Ato sexual”. Idosos com idades compreendidas entre os 65 e 74 anos, do género masculino, casados, e que exercem atividade profissional, apresentam maior satisfação nesta dimensão. Relativamente à dimensão “Relações afetivas”, encontraram-se diferenças significativas em relação ao género masculino. Relativamente às variáveis clínicas, os idosos não medicados apresentam maior satisfação nas dimensões “Ato sexual” e “Relações afetivas”, em relação aos que são medicados. A satisfação vai diminuindo à medida que aumenta o número diário de fármacos. Na relação entre a felicidade subjetiva e as variáveis sociodemográficas e clínicas, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. No que respeita à relação entre as vivências afetivas e sexuais, e a felicidade subjetiva dos idosos, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas e positivas, em relação às dimensões “Ato sexual” e “Relações afetivas”, ou seja, à medida que aumenta a satisfação nestas dimensões, aumenta a felicidade subjetiva. Podemos verificar que a sexualidade não acaba com a juventude, ela assume contornos diferentes, mas também importantes na idade avançada. As atitudes menos positivas em relação à sexualidade do idoso, e comportamentos que evitam o tema, dificultam a relação enfermeiro/idoso. Neste sentido, cabe aos enfermeiros desmistificar os estereótipos e preconceitos relacionados com a sexualidade do idoso, investindo na própria formação profissional, a fim de promover uma sexualidade saudável e uma velhice feliz.This professional internship report documents the activities carried out within the Internship curricular unit of the Master's Degree in Family Health Nursing, which took place in a Family Health Unit in the North of the country, between october 2019 and march 2020. It was intended to develop the competences inherent to the Community Health Specialist Nurse in the area of Family Health Nursing: taking care of the family as a care unit, and of each of its members, throughout the life cycle and at different levels of prevention; collaborate in intervention processes in the context of Family Health Nursing During this period, a research project was implemented with the objective of characterizing the elderly of a USF in the north of the country, from a sociodemographic and clinical point of view, describing their affective and sexual experiences and subjective happiness, analyzing the relationship of these concepts with sociodemographic and clinical variables, and to analyze the relationship between affective and sexual experiences with subjective happiness. This is a level III study, with a quantitative methodology. To obtain data, a form was applied to users aged 65 years and over, with questions about sociodemographic and clinical characterization a scale of affective and sexual experiences of the elderly and a scale of subjective happiness. Sixty-two elderly people were interviewed, more than half aged between 65 and 74 years old, with a slight predominance of males, married, with basic education, retired, with a monthly income below the minimum wage, living with a partner. Most belong to the Catholic religion, and are practitioners. They suffer from 1 to 3 pathologies, with a predominance of arterial hypertension and type 2 diabetes mellitus, and more than half take 1 to 4 medications a day. It was found that the elderly have a positive attitude towards sexuality in old age, and that this is mostly experienced by the affections and values towards the partner. It was found that the sexual act is less and less frequent in the experiences of sexuality of the elderly, although they have mentioned that they feel good when they have sex and that the practice of sexuality provides them with well-being. They accept the changes caused by aging, and present a positive self-image in relation to their current physical appearance. They felt discriminated and people have prejudgement approaching sexuality for the elderly population theme, but even so, they live their own sexuality by relativizing the opinion of others. As for the level of subjective happiness, most elderly people report feeling very happy, and neither less happy when compared to others. It is also concluded that they do not enjoy life more neither less despite the problems, and they do not feel any less happy than they could be. In the relationship of affective and sexual experiences with sociodemographic data, significant differences were found depending on age, gender, marital status and professional activity, on dimension “Sexual act”. Elderly people aged between 65 and 74 years old, male, married, and engaged in a professional activity, present greater satisfaction in this dimension. Regarding the dimension “Affective relationships”, significant differences were found in males. Relatively clinical variables, the elderly who were not medicated present greater satisfaction in the dimensions “Sexual act” and “Affective relationships”, comparing to those who are medicated. Satisfaction decreases as the daily number of drugs increases. In the relationship of subjective happiness and the sociodemographic and clinical variables, no statistically significant differences were found. With regard to the relationship between affective and sexual experiences, and the subjective happiness of the elderly, statistically significant and positive differences were found in relation to the dimensions "Sexual act" and "Affective relationships", that is, as satisfaction in these dimensions increases, subjective happiness increases too. We can see that sexuality does not end with youth, it takes on different contours, but also important in elderly. The worst attitudes about elderly's sexuality, and avoidance behaviours, causes difficulties in the relation between nurse/elderly. In this sense, nurses have to demystify stereotypes and prejudgements related to the sexuality of the elderly, investing in their own professional training, in order to promote healthy sexuality and happy old age.2022-03-29T14:35:12Z2021-12-10T00:00:00Z2021-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11117TID:202916405pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessFaria, Susana Alexandra Magalhãesreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-24T03:27:30Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11117Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-03-24T03:27:30Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
title Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
spellingShingle Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
Faria, Susana Alexandra Magalhães
Afetividade
sexualidade
title_short Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
title_full Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
title_fullStr Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
title_full_unstemmed Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
title_sort Vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar do Norte do País
author Faria, Susana Alexandra Magalhães
author_facet Faria, Susana Alexandra Magalhães
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Faria, Susana Alexandra Magalhães
dc.subject.por.fl_str_mv Afetividade
sexualidade
topic Afetividade
sexualidade
description O presente relatório de Estágio de Natureza Profissional documenta as atividades realizadas no âmbito do Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar, que decorreu numa Unidade de Saúde Familiar do Norte do País, entre outubro de 2019 e março de 2020. Pretendeu-se desenvolver as competências inerentes ao Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária na área da Enfermagem de Saúde Familiar: cuidar da família como unidade de cuidados, e de cada um dos seus membros, ao longo do ciclo vital e nos diferentes níveis de prevenção; colaborar nos processos de intervenção no âmbito da Enfermagem de Saúde Familiar. Durante este período, foi implementado um projeto de investigação com o objetivo de caraterizar os idosos de uma USF do norte do país, do ponto de vista sociodemográfico e clínico, descrever as suas vivências afetivas e sexuais e a felicidade subjetiva, analisar a relação entre as vivências afetivas e sexuais com a felicidade subjetiva, e analisar a relação destes conceitos com as variáveis sociodemográficas e clínicas. Trata-se de um estudo de nível III, com metodologia quantitativa. Para a obtenção de dados, foi aplicado um formulário aos utentes com idade igual e superior a 65 anos, constituído por questões para caracterização sociodemográfica e clínica, escala das vivências afetivas e sexuais dos idosos, e escala da felicidade subjetiva. Foram inquiridos 62 idosos, mais de metade com idades entre os 65 e 74 anos, com ligeiro predomínio do sexo masculino, casados, com ensino básico de escolaridade, aposentados, com renda mensal inferior ao salário mínimo, a viver com o(a) companheiro(a). A maioria pertence à religião católica, e é praticante. Padecem de 1 a 3 patologias, com predomínio da hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2, e mais de metade toma entre 1 a 4 medicamentos por dia. Constatou-se que os idosos têm uma atitude positiva em relação à sexualidade na velhice, e que esta é vivenciada maioritariamente pelos afetos e valores para com o(a) companheiro(a). Verificou-se que o ato sexual é cada vez menos frequente nas vivências da sexualidade dos idosos, embora estes tenham referido que se sentem bem quando têm relações sexuais e que a prática da sexualidade lhes proporciona bem-estar. Aceitam as mudanças causadas pelo envelhecimento, e apresentam uma autoimagem positiva em relação ao aspeto físico atual. Sentem que existe discriminação e preconceito quando se aborda o tema da sexualidade na população idosa, mas, mesmo assim, vivem a própria sexualidade relativizando a opinião dos outros. Quanto ao nível de felicidade subjetiva, a maioria dos idosos refere sentir-se muito feliz, e nem mais nem menos feliz quando comparados com os outros. Conclui-se, ainda, que não gozam muito nem pouco a vida apesar dos problemas, e não se sentem menos felizes do que poderiam ser. Quanto à relação entre as vivências afetivas e sexuais e as variáveis sociodemográficos, foram encontradas diferenças significativas em função da idade, género, estado civil e atividade profissional, relativamente à dimensão “Ato sexual”. Idosos com idades compreendidas entre os 65 e 74 anos, do género masculino, casados, e que exercem atividade profissional, apresentam maior satisfação nesta dimensão. Relativamente à dimensão “Relações afetivas”, encontraram-se diferenças significativas em relação ao género masculino. Relativamente às variáveis clínicas, os idosos não medicados apresentam maior satisfação nas dimensões “Ato sexual” e “Relações afetivas”, em relação aos que são medicados. A satisfação vai diminuindo à medida que aumenta o número diário de fármacos. Na relação entre a felicidade subjetiva e as variáveis sociodemográficas e clínicas, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. No que respeita à relação entre as vivências afetivas e sexuais, e a felicidade subjetiva dos idosos, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas e positivas, em relação às dimensões “Ato sexual” e “Relações afetivas”, ou seja, à medida que aumenta a satisfação nestas dimensões, aumenta a felicidade subjetiva. Podemos verificar que a sexualidade não acaba com a juventude, ela assume contornos diferentes, mas também importantes na idade avançada. As atitudes menos positivas em relação à sexualidade do idoso, e comportamentos que evitam o tema, dificultam a relação enfermeiro/idoso. Neste sentido, cabe aos enfermeiros desmistificar os estereótipos e preconceitos relacionados com a sexualidade do idoso, investindo na própria formação profissional, a fim de promover uma sexualidade saudável e uma velhice feliz.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-12-10T00:00:00Z
2021-12-10
2022-03-29T14:35:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10348/11117
TID:202916405
url http://hdl.handle.net/10348/11117
identifier_str_mv TID:202916405
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv metadata only access
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv metadata only access
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv mluisa.alvim@gmail.com
_version_ 1817543057950638080