O realismo defensivo no pensamento estratégico da Rússia: a agressão à Ucrânia em 2014

• Autor(a) principal: Nobre, Francisco Paulo Amaral
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/148848
• topic: Rússia; Ucrânia; Realismo Defensivo; Segurança; NATO; Espaço Pós- Soviético; Ukraine; Defensive Realism; Security; Post-Soviet Space; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas

A compreensão da política externa da Rússia e dos seus motores é um desafio conhecido dos estadistas e académicos. Nesse sentido, o presente Relatório de Estágio propõe, na sua componente teórica, olhar sobre a história deste país, a sua relação com a NATO e as suas ações recentes, com o objetivo de encontrar um ponto de continuidade que fundamente o recurso à Teoria do Realismo Defensivo enquanto modelo teórico para a compreensão do pensamento estratégico russo, que assentará numa procura contínua por segurança e sobrevivência. É neste sentido que se analisa o caso de estudo da agressão russa à Ucrânia, em 2014. As consequências desta agressão foram, inclusive, sentidas em anos seguintes, até 2021, quando a Rússia intensificou a sua mobilização de tropas junto da fronteira com este país. Foi neste contexto que se iniciou o estágio sobre o qual incide a componente prática do atual Relatório, realizado no Ministério dos Negócios Estrangeiros, na Direção de Serviços para os Assuntos Políticos Europeus, responsável pela relação bilateral entre Portugal e países como a Rússia e a Ucrânia, entre outubro de 2021 e abril de 2022. Este estágio revelou-se particularmente desafiante, considerada a diversidade das tarefas desenvolvidas, mas também os diferentes contextos vividos nos países sob a alçada deste Serviço, que requereram o devido acompanhamento e resposta nacionais, com ênfase para a invasão da Rússia à Ucrânia, em 2022. Por fim, a investigação realizada sobre o caso de 2014 e o trabalho de estágio desenvolvido em 2022 permitiram, ainda, uma breve análise comparativa entre aquilo que distingue ambos os acontecimentos.