Escalas de Bem-estar Infantil (EBI): o que conhecem os técnicos sobre as famílias em risco psicossocial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/17922 |
Resumo: | A avaliação das famílias em risco psicossocial é uma tarefa complexa, na qual a qualidade da informação recolhida é fundamental para compreender melhor a dinâmica e as características familiares. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de risco e o bem estar infantil, numa amostra de famílias residentes no Algarve com medidas de proteção e promoção, identificando quais as dimensões mais conhecidas pelos técnicos. Foram selecionados e avaliados 304 participantes, por 46 técnicos de diversos serviços de proteção de menores e de apoio às famílias no Algarve. Utilizámos a versão portuguesa das Escalas de Bem-estar Infantil (EBI) que avaliam o cuidado, a disposição parental e o desempenho da criança. A maioria das famílias acumulava vários fatores de risco, tais como problemas económicos, laborais, psicológicos e judiciais, mau-trato na infância e adultez, conduta violenta e abuso de drogas. Observámos também diferenças entre as três dimensões das EBI segundo o nível de intervenção, o estado civil dos pais e a duração do caso nos Serviços Sociais e uma elevada homogeneidade da amostra quanto ao baixo nível educativo, laboral e económico. De um modo geral o conhecimento que os técnicos tinham sobre as dimensões avaliadas era elevado, destacando-se as dimensões “Cuidado Parental” e “Disposição Parental”. Por outro lado, na dimensão “Desempenho da Criança” uma parte relevante da informação era desconhecida pelos técnicos, o que por sua vez, pode limitar a caracterização da gravidade da situação e o delineamento de uma intervenção adequada às necessidades familiares. Assim sendo, embora se conheça com bastante detalhe o perfil psicossocial das famílias no Algarve, existem alguns aspetos que são desconhecidos pelos técnicos, quanto ao nível dos maus-tratos infantis. Futuramente, consideramos necessário replicar o estudo e que os técnicos, durante o preenchimento das EBI, tenham especial atenção à obtenção da informação que atualmente desconhecem. Paralelamente, seria benéfico que as famílias em risco psicossocial do Algarve recebessem um apoio especializado por parte dos psicólogos, reforçando a intervenção ao nível das competências parentais focada em aspetos multidimensionais e psicoeducativos. |
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Escalas de Bem-estar Infantil (EBI): o que conhecem os técnicos sobre as famílias em risco psicossocialFamílias em risco psicossocialBem-estar infantilCuidado parentalDisposição parentalDesempenho da criançaAvaliação pelos profissionaisDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisA avaliação das famílias em risco psicossocial é uma tarefa complexa, na qual a qualidade da informação recolhida é fundamental para compreender melhor a dinâmica e as características familiares. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de risco e o bem estar infantil, numa amostra de famílias residentes no Algarve com medidas de proteção e promoção, identificando quais as dimensões mais conhecidas pelos técnicos. Foram selecionados e avaliados 304 participantes, por 46 técnicos de diversos serviços de proteção de menores e de apoio às famílias no Algarve. Utilizámos a versão portuguesa das Escalas de Bem-estar Infantil (EBI) que avaliam o cuidado, a disposição parental e o desempenho da criança. A maioria das famílias acumulava vários fatores de risco, tais como problemas económicos, laborais, psicológicos e judiciais, mau-trato na infância e adultez, conduta violenta e abuso de drogas. Observámos também diferenças entre as três dimensões das EBI segundo o nível de intervenção, o estado civil dos pais e a duração do caso nos Serviços Sociais e uma elevada homogeneidade da amostra quanto ao baixo nível educativo, laboral e económico. De um modo geral o conhecimento que os técnicos tinham sobre as dimensões avaliadas era elevado, destacando-se as dimensões “Cuidado Parental” e “Disposição Parental”. Por outro lado, na dimensão “Desempenho da Criança” uma parte relevante da informação era desconhecida pelos técnicos, o que por sua vez, pode limitar a caracterização da gravidade da situação e o delineamento de uma intervenção adequada às necessidades familiares. Assim sendo, embora se conheça com bastante detalhe o perfil psicossocial das famílias no Algarve, existem alguns aspetos que são desconhecidos pelos técnicos, quanto ao nível dos maus-tratos infantis. Futuramente, consideramos necessário replicar o estudo e que os técnicos, durante o preenchimento das EBI, tenham especial atenção à obtenção da informação que atualmente desconhecem. Paralelamente, seria benéfico que as famílias em risco psicossocial do Algarve recebessem um apoio especializado por parte dos psicólogos, reforçando a intervenção ao nível das competências parentais focada em aspetos multidimensionais e psicoeducativos.The assessment of families at psychosocial risk is a complex task, in which the quality of the information collected is essential to better understand family dynamics and characteristics. The aim of this study was to analyze the risk profile and child well-being in a sample of families residing in the Algarve with protection and promotion measures, identifying which dimensions are best known to technicians. 304 participants were selected and evaluated by 46 technicians from various services for the protection of minors and support for families in the Algarve. We used the Portuguese version of the Child Well-Being Scales (CWBS) that assess childcare, parental disposition, and performance. Most families accumulated several risk factors, such as economic, work, psychological and legal problems, child and adult abuse, violent behavior, and drug abuse. We also observed differences between the three dimensions of the EBI according to the level of intervention, the marital status of the parents and the duration of the case in Social Services and a high homogeneity of the sample regarding the low educational, employment and economic level. In general, the knowledge that the technicians had about the dimensions evaluated was high, highlighting the dimensions “Household Adequacy” and “Parental Disposition”. On the other hand, in the “Child Performance” dimension, a relevant part of the information was unknown by the technicians, which in turn may limit the characterization of the seriousness of the situation and the design of an intervention that is adequate to the family's needs. Therefore, although the psychosocial profile of families in the Algarve is known in detail, there are some aspects that are unknown by the technicians, regarding the level of child abuse. In the future, we consider it necessary to replicate the study and that technicians, when filling out the EBI, pay special attention to obtaining information that they are currently unaware of. At the same time, it would be beneficial for families at psychosocial risk in the Algarve to receive specialized support from psychologists, reinforcing the intervention in terms of parenting skills focused on multidimensional and psychoeducational aspects.Nunes, CristinaSapientiaDarie, Gabriela2022-07-07T12:01:08Z2021-11-302021-11-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/17922TID:202910520porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:30:10Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/17922Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:07:47.108561Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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