A origem e a dialética da "dinâmica existencial" em Teixeira de Pascoaes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10216/66494 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo mostrar a origem e a dimensão dialética do conceito de "Dinâmica existencial" patente na obra de Teixeira de Pascoaes, muito em particular na última biografia romanceada que escreveu, em 1944, dedicada a Santo Agostinho. Nesta inovadora e irreverente meditação (auto)biográfica sobre o santo filósofo e bispo de Hipona - também ele uma voz divergente dos cânones católicos - Pascoaes revela a sua verdadeira faceta de "poeta-carrasco". Numa primeira parte a tese revisita, de forma breve, a trajetória intelectual do “primeiro” ao “segundo” Pascoaes, o seu diálogo (incontornável) com os meios científicos e intelectuais da época (a "inteligência intuitiva", a psicologia e o panteísmo saudosista, a filosofia e a ciência). Na segunda parte, mostramos como os temas pascoaesianos associados à dinâmica existencial - apesar de se prestarem a uma linguagem cuja intenção recriadora e simbólica parece tomar, por vezes, uma forma obscura ou equívoca - vão ser reinterpretados no livro da sua última maturidade, Santo Agostinho, no intuito de estabelecer pontes entre a metafísica e a física. A irreverência do seu modelo (auto)biográfico permite-nos ver: por um lado, como o poeta fundamenta a reflexão da faticidade do Eu concreto numa conceção da existência humana mais abrangente e integrativa; por outro lado, como os fenómenos paradoxais que se observam na natureza e no homem, resultam da origem da própria dinâmica existencial. Pascoaes insiste na ideia de um macrocosmo que deriva daquilo a que chama segunda Origem, a partir da qual se expande, imprimindo a toda a atividade universal as leis básicas que presidiram ao seu início. A partir desta, a Existência transita entre um Princípio e um Fim e a indefinição e a coabitação de oposições revelase atributo criador. (...) |
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