Precauções básicas do controlo da Infeção : conhecimento e adesão dos enfermeiros nos cuidados de saúde primários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Isabel Martins
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/4774
Resumo: Enquadramento: As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS) são atualmente uma epidemia silenciosa, sendo o seu evento adverso mais frequente ao nível da prestação de cuidados de saúde. Objetivo: Identificar o conhecimento e a adesão de precauções básicas do controlo da infeção (PBCI) por parte de enfermeiros a exercer em Cuidados de Saúde Primários da região centro de Portugal; conhecer a perceção dos enfermeiros face às PBCI. Métodos: Estudo quantitativo e descritivo (1) e qualitativo de análise de conteúdo (2). No estudo 1 utilizou-se o questionário como instrumento de recolha de dados, aplicado a 108 enfermeiros, maioritariamente do género feminino (82,4%), com uma idade média de 42,018,719 dp; no estudo 2 recorreu-se a uma entrevista semiestruturada, a uma amostra de 11 enfermeiros. Resultados: Estudo 1 – Os enfermeiros: com menos tempo de serviço revelaram mais conhecimento adequado e uma maior adesão às PBCI (recolha segura de resíduos; p=0,043); os que possuem mestrado higienizam com mais frequência as mãos, apresentam mais conhecimento sobre este procedimento e adotam com mais frequência os EPI’s (lavagem das mãos p=0,033; adoção de EPI’s p=0,027); os enfermeiros especialistas higienizam as mãos com mais frequência (recolha segura de resíduos X2=11,289; p=0,004); os muito motivados para realizar/seguir os protolocos de controlo das IACS apresentam conhecimento mais adequado e maior adesão das PBCI (adoção de EPI’s p=0,003; recolha segura de resíduos p=0,004); os que consideram a sua prática muito adequada evidenciam mais conhecimento e adesão das PBCI (lavagem das mãos p=0,001; adoção de EPI’s p=0,000; recolha segura de resíduos p=0,041). Estudo 2 - na generalidade, adotam as PBCI no seu quotidiano profissional; atribuíram importância às ações de formação sobre as IACS; sentem-se motivados para realizar/seguir os protocolos das IACS, no local de trabalho; avaliam a sua prática habitual de controlo das IACS como razoável; seguem as normas preconizadas pela DGS para a higienização das mãos; as PBCI adotadas no uso dos EPI’s são: bata, luvas, máscara cirúrgica, avental (descartável), calçado adequado e óculos de proteção em situações onde há o risco de salpicos. Conclusão: Deve existir um maior esclarecimento quanto aos possíveis perigos e riscos ambientais e de saúde, resultantes de práticas não adequadas face às PBCI. Palavras-chave: Infeção; Precauções Básicas; Conhecimento; Adesão, Enfermeiros.
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No estudo 1 utilizou-se o questionário como instrumento de recolha de dados, aplicado a 108 enfermeiros, maioritariamente do género feminino (82,4%), com uma idade média de 42,018,719 dp; no estudo 2 recorreu-se a uma entrevista semiestruturada, a uma amostra de 11 enfermeiros. Resultados: Estudo 1 – Os enfermeiros: com menos tempo de serviço revelaram mais conhecimento adequado e uma maior adesão às PBCI (recolha segura de resíduos; p=0,043); os que possuem mestrado higienizam com mais frequência as mãos, apresentam mais conhecimento sobre este procedimento e adotam com mais frequência os EPI’s (lavagem das mãos p=0,033; adoção de EPI’s p=0,027); os enfermeiros especialistas higienizam as mãos com mais frequência (recolha segura de resíduos X2=11,289; p=0,004); os muito motivados para realizar/seguir os protolocos de controlo das IACS apresentam conhecimento mais adequado e maior adesão das PBCI (adoção de EPI’s p=0,003; recolha segura de resíduos p=0,004); os que consideram a sua prática muito adequada evidenciam mais conhecimento e adesão das PBCI (lavagem das mãos p=0,001; adoção de EPI’s p=0,000; recolha segura de resíduos p=0,041). Estudo 2 - na generalidade, adotam as PBCI no seu quotidiano profissional; atribuíram importância às ações de formação sobre as IACS; sentem-se motivados para realizar/seguir os protocolos das IACS, no local de trabalho; avaliam a sua prática habitual de controlo das IACS como razoável; seguem as normas preconizadas pela DGS para a higienização das mãos; as PBCI adotadas no uso dos EPI’s são: bata, luvas, máscara cirúrgica, avental (descartável), calçado adequado e óculos de proteção em situações onde há o risco de salpicos. Conclusão: Deve existir um maior esclarecimento quanto aos possíveis perigos e riscos ambientais e de saúde, resultantes de práticas não adequadas face às PBCI. Palavras-chave: Infeção; Precauções Básicas; Conhecimento; Adesão, Enfermeiros.Abstract Background: Health Care Associated Infections (IACS) is currently a silent epidemic, with its most frequent adverse event at the level of health care delivery. Objective: To identify the knowledge and adherence of basic precautions for infection control (PBCI) by nurses to practice in Primary Health Care in the central region of Portugal; Knowledge of the nurses' perception of PBCI. Methods: Quantitative and descriptive study (1) and qualitative content analysis (2). In study 1, the questionnaire was used as a data collection instrument, applied to 108 nurses, mostly female (82.4%), with a mean age of 42,01±8,719 dp; In study 2 a semi-structured interview was used, with a sample of 11 nurses. Results: Study 1 - Nurses: with less time of service revealed more adequate knowledge and greater adherence to PBCI (safe collection of waste, p=0.043); those with masters most frequently clean their hands, present more knowledge about this procedure and more frequently use EPI’s (hand washing p=0.033, adoption of EPI’s p=0.027); specialist nurses sanitize their hands more frequently (safe collection of waste X2=11,289, p=0.004); the IACS control protocols were more motivated to perform /follow the IACS control protocols and the PBCI adherence (adoption of EPI's p=0.003; safe collection of residues p=0.004); (Hand washing p = 0.001, adoption of EPI’s p=0.000, safe collection of residues p=0.041). Study 2 - in general, adopt the PBCI in their professional daily life; Attributed importance to training actions on IACS; Feel motivated to follow/follow IACS protocols in the workplace; Assess their normal practice of monitoring IACS as reasonable; Follow the standards recommended by the DGS for hand hygiene; The PBCI adopted in the use of EPI’s are: gown, gloves, surgical mask, apron (disposable), suitable footwear and goggles in situations where there is a risk of splashing. Conclusion: There should be greater clarification as to possible health and environmental hazards and risks resulting from practices that are not appropriate to PBCI. keywords: Infection; Basic Precautions; Knowledge; Adhesion, Nurses.Martins, Maria da Conceição AlmeidaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuSoares, Isabel Martins2018-01-03T10:53:55Z2017-07-2620162017-07-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4774TID:201723590porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:27:33Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4774Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:19.177792Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS) são atualmente uma epidemia silenciosa, sendo o seu evento adverso mais frequente ao nível da prestação de cuidados de saúde. Objetivo: Identificar o conhecimento e a adesão de precauções básicas do controlo da infeção (PBCI) por parte de enfermeiros a exercer em Cuidados de Saúde Primários da região centro de Portugal; conhecer a perceção dos enfermeiros face às PBCI. Métodos: Estudo quantitativo e descritivo (1) e qualitativo de análise de conteúdo (2). No estudo 1 utilizou-se o questionário como instrumento de recolha de dados, aplicado a 108 enfermeiros, maioritariamente do género feminino (82,4%), com uma idade média de 42,018,719 dp; no estudo 2 recorreu-se a uma entrevista semiestruturada, a uma amostra de 11 enfermeiros. Resultados: Estudo 1 – Os enfermeiros: com menos tempo de serviço revelaram mais conhecimento adequado e uma maior adesão às PBCI (recolha segura de resíduos; p=0,043); os que possuem mestrado higienizam com mais frequência as mãos, apresentam mais conhecimento sobre este procedimento e adotam com mais frequência os EPI’s (lavagem das mãos p=0,033; adoção de EPI’s p=0,027); os enfermeiros especialistas higienizam as mãos com mais frequência (recolha segura de resíduos X2=11,289; p=0,004); os muito motivados para realizar/seguir os protolocos de controlo das IACS apresentam conhecimento mais adequado e maior adesão das PBCI (adoção de EPI’s p=0,003; recolha segura de resíduos p=0,004); os que consideram a sua prática muito adequada evidenciam mais conhecimento e adesão das PBCI (lavagem das mãos p=0,001; adoção de EPI’s p=0,000; recolha segura de resíduos p=0,041). Estudo 2 - na generalidade, adotam as PBCI no seu quotidiano profissional; atribuíram importância às ações de formação sobre as IACS; sentem-se motivados para realizar/seguir os protocolos das IACS, no local de trabalho; avaliam a sua prática habitual de controlo das IACS como razoável; seguem as normas preconizadas pela DGS para a higienização das mãos; as PBCI adotadas no uso dos EPI’s são: bata, luvas, máscara cirúrgica, avental (descartável), calçado adequado e óculos de proteção em situações onde há o risco de salpicos. Conclusão: Deve existir um maior esclarecimento quanto aos possíveis perigos e riscos ambientais e de saúde, resultantes de práticas não adequadas face às PBCI. Palavras-chave: Infeção; Precauções Básicas; Conhecimento; Adesão, Enfermeiros.
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