Imigrantes angolanos em Portugal: resiliência às crises e impacto no envio de remessas para as suas famílias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Vera Liliana Dias Dos Santos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/136407
Resumo: O envio de remessas para o país de origem é uma prática habitual dos imigrantes africanos residentes em Portugal, sendo uma forma de manterem a sua relação com o país e de apoiarem financeiramente as suas famílias. Este trabalho tem como objetivo analisar o impacto dos recentes períodos de instabilidade económica e financeira do país de acolhimento no envio de remessas dos imigrantes angolanos residentes em Portugal. Para tal, foi realizado um inquérito por questionário, constituindo-se uma amostra de 142 angolanos residentes na Área Metropolitana de Lisboa, cuja maioria tem habilitações superiores e emigrou para complementar os estudos. Os resultados mostraram que a maioria dos inquiridos não enviava divisas para Angola ou fazia-o ocasionalmente, sendo o apoio familiar a principal motivação para o envio. A capacidade de poupança também mostrou ser limitada, devido aos reduzidos rendimentos e às despesas com o agregado familiar, levando a que a maioria dos inquiridos reservasse menos de 30% do seu rendimento para esse fim. Relativamente ao envio de remessas em períodos de instabilidade económica, concluiu-se que, apesar do aumento do desemprego, a maioria consegue manter o seu emprego, mas quem perde rendimentos deixa de conseguir realizar poupanças. Também a taxa cambial e o nível de inflação em Angola condicionam o envio de remessas dos imigrantes para o país.
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