Práticas dos enfermeiros na prevenção de infeção associada ao cateter venoso periférico

• Autor(a) principal: Teixeira, Alina Maria de Sousa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2767
• topic: Cateter venoso periférico; Cuidados de enfermagem; Infeção associada a cuidados de saúde; Infeção da corrente sanguínea.; Peripheral venous catheter; Nursing care; Health care associated infection; Bloodstream infection

O Cateter Venoso Periférico (CVP) é o dispositivo intravascular mais utilizado em contexto de cuidados de saúde, para fins terapêuticos ou de diagnóstico. Em Portugal são os enfermeiros os profissionais de saúde responsáveis pela gestão do procedimento associado ao cateterismo venoso periférico (inserção, otimização e remoção do cateter), pelo que lhes são exigidos conhecimentos científicos e competências para a execução de melhores cuidados na prática clínica. Assim, de modo a contribuir para uma melhor intervenção na prevenção da infeção asso-ciada ao CVP, pretende-se com este estudo identificar as práticas de enfermagem no mo-mento de inserção e otimização do CVP, compreender a perceção dos enfermeiros sobre a prática clínica e o risco associado à presença do CVP e refletir sobre a transferibilidade dos conhecimentos subjacentes à prática clínica de enfermagem inerente ao CVP. Trata-se de um estudo qualitativo de natureza descritiva exploratória, sustentado pela des-crição e compreensão da prática dos enfermeiros associada ao CVP. Para o efeito recor-reu-se à observação e à realização de entrevistas semiestruturadas, dirigidas a um grupo de enfermeiros selecionados tendo em conta os critérios de inclusão. Os resultados evidenciam conhecimentos relativamente às recomendações emanadas para as melhores práticas por parte dos enfermeiros. No entanto, em contexto clínico foram observados desvios das boas práticas para a prevenção de infeção associada ao CVP, designadamente no âmbito da higienização das mãos, desinfeção dos obturadores, vigi-lância do local de punção, substituição dos sistemas de fluidoterapia em situação de re-puncionamento, comunicação com os doentes de consciência comprometida e registos. Conclui-se, assim, da necessidade de prosseguir o investimento na prática de cuidados baseada na evidência, em resultado da efetiva articulação entre a investigação, a prática de cuidados a formação e supervisão clínica. No âmbito dos cuidados à pessoa com CVP, urge criara condições à efetiva e sistemática transferibilidade dos conhecimentos em prol da segurança dos doentes e profissionais.