Perfil psicopatológico de agressores conjugais e fatores de risco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/3891 |
Resumo: | Esta investigação tem como objetivo caracterizar um grupo de agressores conjugais através da análise dos seus sintomas psicopatológicos e de alguns indicadores sociodemográficos, funcionando numa base descritiva, exploratória e correlacional. Surge de acordo com os modelos intrapessoais da violência doméstica cujo foco são os fatores internos do sujeito. Para tal recorreu-se a uma amostra de 30 sujeitos do sexo masculino, sinalizados pela DGRS por cumprirem pena por crime de violência doméstica contra cônjuge ou análogos, com uma média de idade de 49 anos e um desvio-padrão de 11,890, sendo que, 9 (30%) participantes se situam no estatuto socioeconómico médio e 10 (33,3%) têm o ensino básico. Aos participantes foi aplicado um protocolo de instrumentos que permitissem simultaneamente avaliar as crenças e atribuições associadas à violência doméstica nos agressores conjugais, caracterizar as dimensões psicopatológicas associadas aos seus comportamentos, determinar as dimensões de psicopatia, utilizando para tal os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Atribuições Causais (Henning, Joner & Holdford, 2005); versão portuguesa do SCL-90-R (Derogatis, 1977); I.V.C. (Machado, Matos & Gonçalves, 2000); E.C.V.C. (Machado, Matos & Gonçalves, 2000); PCL/P-Scan (Hare, 2003; Hare & Hervé, 1999; Gonçalves & Lobo, 2006 cit. in Lobo, 2007) e ODARA (Hilton, Harris & Rice, 2002). Os principais resultados apontam para que se classifiquem os agressores conjugais como indivíduos desconfiados, hostis, com uma grande necessidade de controlo e um grande medo de perda da autonomia, como sujeitos que fazem uso de um pensamento projetivo, de um centralismo autorreferencial e ideação delirante, manifestando crenças de grandiosidade, hipersensibilidade à critica, apresentando também alguns traços obsessivos. Tendem a adotar tanto comportamentos característicos de episódios de violência física, bem como violência emocional/psicológica, não havendo contudo associação entre a sintomatologia apresentada e os episódios violentos, à exceção de uma associação positiva entre a hostilidade e a violência emocional/psicológica, rpb= 0,391, p= 0,05. Este estudo permitiu ainda perceber que a violência doméstica é um fenómeno independente da idade dos agressores, do seu nível económico e do seu nível de escolaridade. |
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Perfil psicopatológico de agressores conjugais e fatores de riscoViolência domésticaViolência doméstica - Agressor conjugalViolência doméstica - Comportamento violentoViolência doméstica - Factores de riscoAgressor conjugal - TipologiasAgressor conjugal - Perfil psicopatológicoDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaEsta investigação tem como objetivo caracterizar um grupo de agressores conjugais através da análise dos seus sintomas psicopatológicos e de alguns indicadores sociodemográficos, funcionando numa base descritiva, exploratória e correlacional. Surge de acordo com os modelos intrapessoais da violência doméstica cujo foco são os fatores internos do sujeito. Para tal recorreu-se a uma amostra de 30 sujeitos do sexo masculino, sinalizados pela DGRS por cumprirem pena por crime de violência doméstica contra cônjuge ou análogos, com uma média de idade de 49 anos e um desvio-padrão de 11,890, sendo que, 9 (30%) participantes se situam no estatuto socioeconómico médio e 10 (33,3%) têm o ensino básico. Aos participantes foi aplicado um protocolo de instrumentos que permitissem simultaneamente avaliar as crenças e atribuições associadas à violência doméstica nos agressores conjugais, caracterizar as dimensões psicopatológicas associadas aos seus comportamentos, determinar as dimensões de psicopatia, utilizando para tal os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Atribuições Causais (Henning, Joner & Holdford, 2005); versão portuguesa do SCL-90-R (Derogatis, 1977); I.V.C. (Machado, Matos & Gonçalves, 2000); E.C.V.C. (Machado, Matos & Gonçalves, 2000); PCL/P-Scan (Hare, 2003; Hare & Hervé, 1999; Gonçalves & Lobo, 2006 cit. in Lobo, 2007) e ODARA (Hilton, Harris & Rice, 2002). Os principais resultados apontam para que se classifiquem os agressores conjugais como indivíduos desconfiados, hostis, com uma grande necessidade de controlo e um grande medo de perda da autonomia, como sujeitos que fazem uso de um pensamento projetivo, de um centralismo autorreferencial e ideação delirante, manifestando crenças de grandiosidade, hipersensibilidade à critica, apresentando também alguns traços obsessivos. Tendem a adotar tanto comportamentos característicos de episódios de violência física, bem como violência emocional/psicológica, não havendo contudo associação entre a sintomatologia apresentada e os episódios violentos, à exceção de uma associação positiva entre a hostilidade e a violência emocional/psicológica, rpb= 0,391, p= 0,05. Este estudo permitiu ainda perceber que a violência doméstica é um fenómeno independente da idade dos agressores, do seu nível económico e do seu nível de escolaridade.Loureiro, Manuel Joaquim da SilvauBibliorumCaldeira, Carina Tatiana Menchero2015-10-30T10:59:24Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3891porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:40:29Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3891Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:12.957125Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Esta investigação tem como objetivo caracterizar um grupo de agressores conjugais através da análise dos seus sintomas psicopatológicos e de alguns indicadores sociodemográficos, funcionando numa base descritiva, exploratória e correlacional. Surge de acordo com os modelos intrapessoais da violência doméstica cujo foco são os fatores internos do sujeito. Para tal recorreu-se a uma amostra de 30 sujeitos do sexo masculino, sinalizados pela DGRS por cumprirem pena por crime de violência doméstica contra cônjuge ou análogos, com uma média de idade de 49 anos e um desvio-padrão de 11,890, sendo que, 9 (30%) participantes se situam no estatuto socioeconómico médio e 10 (33,3%) têm o ensino básico. Aos participantes foi aplicado um protocolo de instrumentos que permitissem simultaneamente avaliar as crenças e atribuições associadas à violência doméstica nos agressores conjugais, caracterizar as dimensões psicopatológicas associadas aos seus comportamentos, determinar as dimensões de psicopatia, utilizando para tal os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Atribuições Causais (Henning, Joner & Holdford, 2005); versão portuguesa do SCL-90-R (Derogatis, 1977); I.V.C. (Machado, Matos & Gonçalves, 2000); E.C.V.C. (Machado, Matos & Gonçalves, 2000); PCL/P-Scan (Hare, 2003; Hare & Hervé, 1999; Gonçalves & Lobo, 2006 cit. in Lobo, 2007) e ODARA (Hilton, Harris & Rice, 2002). Os principais resultados apontam para que se classifiquem os agressores conjugais como indivíduos desconfiados, hostis, com uma grande necessidade de controlo e um grande medo de perda da autonomia, como sujeitos que fazem uso de um pensamento projetivo, de um centralismo autorreferencial e ideação delirante, manifestando crenças de grandiosidade, hipersensibilidade à critica, apresentando também alguns traços obsessivos. Tendem a adotar tanto comportamentos característicos de episódios de violência física, bem como violência emocional/psicológica, não havendo contudo associação entre a sintomatologia apresentada e os episódios violentos, à exceção de uma associação positiva entre a hostilidade e a violência emocional/psicológica, rpb= 0,391, p= 0,05. Este estudo permitiu ainda perceber que a violência doméstica é um fenómeno independente da idade dos agressores, do seu nível económico e do seu nível de escolaridade. |
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