Transumância avieira do Tejo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Amália Gameiro de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/18106
Resumo: Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, com a especialização em Arquitetura apresentada na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Mestre.
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spelling Transumância avieira do TejoPatação - património e paisagemArquitetura palafíticaAldeias avieirasCultura avieiraPaisagem fluvialTejoVernacular architectureAvieiras villagesAvieira CultureFluvial landscapeTagusDissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, com a especialização em Arquitetura apresentada na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Mestre.Por todo o mundo, podemos encontrar testemunhos de estruturas palafíticas, quer em águas de rios, quer em barragens, lagos e mares. Esta forma particular de habitar lugares, privilegia de enorme relação com a paisagem, o que, no caso português, remete para as aldeias Avieiras do Tejo e do Sado. Durante os meses de inverno, as duras condições atmosféricas impossibilitavam a prática da pesca, provocando longos períodos de privação e fome entre a população piscatória do litoral marítimo português. Deste modo, os pescadores da Praia da Vieira de Leiria, zona litoral centro de Portugal, pegaram nas suas embarcações e foram em busca de locais onde pudessem obter sustento para as suas famílias, nos difíceis meses de inverno, o que encontraram nas calmas e generosas águas e margens dos rios Tejo e Sado. Inicialmente, no Tejo, os Avieiros “pioneiros” viviam nos barcos por eles construídos, com técnicas provenientes da Praia da Vieira. Mais tarde, então, foram-se fixando ao longo das margens do rio, dando origem às aldeias avieiras palafíticas. Surge assim a palafita, uma tipologia elevada sobre água, nalguns casos sobre terra, que se tem vindo a adaptar desde o período neolítico até à contemporaneidade. Esta construção revelou-se uma forma eficaz na garantia da subsistência dos povos, em simultâneo, relacionando-se com a envolvente: o rio e a natureza. Um património que é testemunho de uma cultura, marcada pelo seu conhecimento do meio natural, através de memória que se encontra vinculada no próprio território, em que os elementos que a constituem vão muito além da casa palafítica, englobam, o barco, os cais palafíticos, as artes de pesca e a gastronomia, complementados ainda pela religiosidade, que assume o papel de festividades em determinadas épocas do ano. A escolha do tema do presente Projeto Final de Mestrado, deve-se essencialmente à necessidade de relevar o valor da Cultura Avieira, ao longo das margens do rio Tejo, evidenciando a sua importância como património construtivo, para que esta não entre em esquecimento. A proposta surge então com o intuito de restabelecer a ligação entre a memória avieira (gastronomia, palafitas, artes de pesca e o barco) e as margens do Tejo, revelando ao público muito mais do que um modo de construção, uma comunidade, uma paisagem, uma poética entre a terra, água e ar.ABSTRACT: Throughout the world, we found testimonies of palafitic structures, both in river waters, in dams, lakes and sea. A peculiar way of inhabiting places, in which privileges of enormous relation with the landscape, that in the Portuguese case, reifies to the villages Avieiras of the Tagus and the Sado . During the winter months, harsh weather prevented the practice of fishing, causing long periods of deprivation and hunger among the fishing population of the Portuguese maritime coast. In this way the fishermen of Praia da Vieira de Leiria, a coastal zone of central Portugal, took their boats and went to find places where they could obtain sustenance for their families during the difficult winter months, which they found in calm and generous waters and banks of the Tagus and Sado rivers. Initially, in the Tagus, the “pioneer” Avieiros lived on the boats they built, using techniques from Praia da Vieira. Later, then, they settled down along the banks of the river , rising the palafíticas wa terfront villages. This results in a high typology on water, in some cases on land, which has been adapting from the Neolithic period to the present time. This construction proved to be an effective way to guarantee the subsistence of peoples, simultaneously, r elating to the surr ounding: the river and na ture. A heritage is a testimony of a culture, marked by its knowledge of the natural environment, through a memory that is bound in its own territory, in which the elements that constitute it go much beyond the palafitic house, include, the boat, the quays palafitics, the fishing gear and the gastronomy, complemented still by the r eligiosity, tha t as sumes the paper of festivities in certain times of the ye ar. The choice of the theme of this dissertation is essentially due to the need to highlight the value of Avieira Culture along the banks of the river Tagus, showing its importance as a constructive heritage, so that it does not go into oblivion. The proposal then emerges with the aim of re-establishing the link between the memory of the river and the banks of the Tagus, revealing to public much more than a way of construction, a community, a landscape, a poetics between land, water and air .Universidade de Lisboa, Faculdade de ArquiteturaAlmeida, Paulo Manuel dos Santos Pereira deRepositório da Universidade de LisboaOliveira, Amália Gameiro de2019-07-08T15:45:33Z2018-12-172018-12-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/18106porOLIVEIRA, Amália Gameiro de -Transumância avieira do Tejo : patação - património e paisagem.- Lisboa: FA, 2018. 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