Consumo de cafeína: o que aconselhar na preconceção e gravidez?
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732017000100007 |
Resumo: | Objetivo: Rever a evidência sobre a associação entre consumo de cafeína em mulheres saudáveis - no período preconceção ou durante a gravidez - e o risco de abortamento espontâneo ou nado morto. Fontes de dados: Bases de dados MEDLINE, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, Cochrane Library, Bandolier, DARE, Trip Datebase e Índex de Revistas Médicas Portuguesas. Métodos de revisão: Revisão baseada na evidência de artigos publicados nos últimos cinco anos (de 1 de agosto de 2010 a 31 de agosto de 2015), nas línguas inglesa, francesa, italiana, espanhola e portuguesa. Foram utilizados os termos MESH caffeine , spontaneous abortion e fetal death . Para avaliação do nível de evidência (NE) e força de recomendação foi utilizada a escala Strength of recommendation taxonomy, da American Family Physician. Resultados: Foram obtidos 84 artigos, dos quais quatro cumpriam os critérios de inclusão: três revisões sistemáticas com meta-análises (todas com NE 2) e um estudo coorte prospetivo (NE 1). Parece existir um aumento do risco de abortamento espontâneo ou nado morto com o consumo moderado a elevado de cafeína (superior a 100-150mg/dia) durante a gravidez. Não há evidência suficiente que demostre associação de risco no consumo durante a preconceção. Conclusões: O consumo moderado a elevado de cafeína durante a gravidez está associado ao aumento do risco de abortamento espontâneo e de nado morto (força de recomendação B), aconselhando-se um consumo nulo ou mínimo de cafeína (<100-150mg/dia) durante este período. Não há ainda evidência suficiente que demostre associação entre consumo durante a preconceção e a morte in utero. São necessários novos estudos que reforcem a evidência e definam as doses seguras de consumo de cafeína pela mulher nestes períodos. |
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