Efeitos da Vergonha em Sintomas Depressivos em Pessoas com e sem Doença Física Crónica: os papéis mediadores da autocompaixão e da ação comprometida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Veiga, Daniela
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Trindade, Inês, Ferreira, Cláudia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1126
Resumo: Objetivo: O presente estudo teve como objetivo testar o potencial efeito mediador da autocompaixão e da ação comprometida na relação entre vergonha e sintomatologia depressiva, em pessoas sem e com diagnóstico de doença física crónica. Adicionalmente, foram exploradas as diferenças em relação a essas variáveis entre os dois grupos. Método: A amostra foi constituída por 453 participantes (223 com e 230 sem diagnóstico de doença física crónica), os quais responderam numa plataforma online a um protocolo de medidas de autorrelato de vergonha, autocompaixão, ação comprometida e sintomas depressivos. Resultados: Os participantes com diagnóstico de doença crónica apresentaram níveis significativamente (p < 0,05) superiores de vergonha e sintomatologia depressiva, e níveis inferiores de ação comprometida, comparativamente aos participantes sem doença física crónica. Contudo, não foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos relativamente às competências autocompassivas. As análises de correlação revelaram que a vergonha se associa negativamente à autocompaixão e ação comprometida e positivamente á sintomatologia depressiva, tanto no grupo sem como no grupo com diagnóstico de doença física crónica. Os resultados da path analysis indicaram que sentimentos de vergonha têm um impacto significativo, explicando 41% da variância da sintomatologia depressiva, parcialmente via menores níveis de autocompaixão e de ação comprometida. Os resultados da análise multigrupos demonstraram que o modelo testado é plausível nos dois grupos em estudo. Conclusões: Este estudo parece fornecer importantes contributos para a compreensão do impacto protetor das competências autocompassivas e da adoção de ações comprometidas para a saúde mental, tanto para pessoas sem como com diagnóstico de doença física crónica. De facto, os resultados sugerem que estes processos de regulação emocional são importantes mecanismos mediadores da relação entre vergonha e sintomas depressivos. Finalmente, estes dados parecem suportar o desenvolvimento de abordagens mais eficazes para a promoção da saúde psicológica para pessoas sem e com doença crónica.
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