Sobre as árvores que nascem das pedras: etnografia da Barragem da Póvoa no Alto Alentejo [1923-2013]

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Urbano, Ana Teresa Real Correia Lopes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/11349
Resumo: Etnografia da Barragem da Póvoa [1923-2013] numa perspetiva diacrónica e contextual, focando o momento do surgimento da obra, as ideias que a sustentam e os usos que o espaço foi tendo ao longo do tempo. Importa salientar que este trabalho mais do que a barragem compreende a paisagem da barragem, uma formação que reflete o todo que se organiza em seu redor, um todo heterogéneo que vai mudando ao longo do tempo, um lugar-paisagem que se mantém vivo, logo inacabado, e que continua a ser importante para as pessoas da região. Situada no Alto Alentejo, nas bordas da Serra de São Mamede perto da aldeia de Póvoa e Meadas, a barragem de Póvoa é o ponto de partida do sistema hidroelétrico da Ribeira de Nisa. Imbuída de um ideal de progresso e civilização, a construção da barragem tinha como objetivo produzir energia através da força das águas — a hulha branca — e, desta forma, trazer desenvolvimento para a região. Na altura considerada uma obra colossal e improvável — foi a primeira barragem construída a sul do Tejo com base numa grande albufeira artificial —, tinha já na sua génese a ideia do turismo (de barragem) como fator estratégico de desenvolvimento, uma ideia pioneira que se vai consolidar com o surgimento da barragem de Castelo de Bode e, mais recentemente, do Alqueva. Este trabalho enquadra-se no objetivo mais vasto de investigar/explorar numa perspetiva antropológica as (inter)relações das pessoas com (e nos) espaços, tendo como grelha teórica o «paradigma ecológico» — ‘dwelling perspetive’ (Ingold 2011).
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