José Gomes Ferreira : a poética do canto e do grito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Virgínia Maria Faria de
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10216/13209
Resumo: A partir de uma leitura - outra - de Poeta Militante de José Gomes Ferreira, o objectivo do presente trabalho foi descobrir a sua poética, para além da tese já proposta por Carlos Felipe Moisés: Poética da rebeldia. Concientes de que a entrada na abordagem da criação poética de José Gomes Ferreira se faz pelo pórtico do seu Poeta Militante - Viagem do século XX em mim, demos atenção à referida viagem para constatar que o Poeta Militante se afigura como ponto final de uma obra capaz de revelar um eu poético em contínua construção, que, à procura da face mais transparente a apresentar ao público leitor, se propõe construir de si próprio um auto-retrato. Ora, o eu que emerge dessa construção é um ser em conflito interior, colocado perante múltiplas encruzilhadas: as literárias, aspolíticas, as sociais e as pessoais. Como conciliar um vasto campo de diferentes tensões interiores, de entre as quais sobressai a luta entre um eu individual e um eu social, entre o apelo da militância política e a consciência dos limites da militância poética, e de oposições entre diferentes correntes literárias? A procura de resposta para estas perguntas levou-nos à selecção de um corpus constituído pelos poemas com referências explícitas ao poeta e/ou à poesia. O seu estudo conduziu-nos à metalinguagem poética do autor aglutinada em dois vectores: a concepção da Poesia como inspiração e construção, e a sedução do real como apelo à militância. A partir daí, concluímos que José Gomes Ferreira visitou poeticamente o século XX, longo e pleno de acontecimentos históricos, a partir da consciência de um ser dotado de um olhar especial - o do poeta (inspirado) - e de um ser comprometido com a realidade social, mas incapaz de a alterar através da poesia. (...)
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