Avaliação dos níveis séricos de somatomedina C e amiloide A em gengivoestomatite crónica felina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Carolina Luísa Oliveira Geraldes Santos
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9866
Resumo: A gengivoestomatite crónica felina (GECF), tal como o próprio nome indica, é uma doença que afeta a cavidade oral dos gatos e é caracterizada por lesões do tipo ulcerativo ou ulcero-proliferativo, associadas a uma intensa inflamação oral. A amiloide A sérica (SAA) e a somatomedina C, esta última vulgarmente designada de “Insulin-like Growth Factor-1” (IGF-1), são consideradas proteínas de fase aguda. As mesmas podem ser utilizadas como indicadores de diagnóstico e monitorização em doenças sistémicas. Contudo, o seu comportamento perante um processo inflamatório é consideravelmente diferente, uma vez que a concentração sérica de SAA aumenta e a de IGF-1 diminui. O principal objetivo deste trabalho foi o de determinar os níveis séricos de SAA e IGF-1 numa amostra populacional de gatos diagnosticados com GECF e, posteriormente, compará-los com os intervalos de referência disponibilizados na literatura para esses mesmo parâmetros. De modo a cumprir esse objetivo, selecionaram-se oito gatos com GECF e sem outras comorbilidades diagnosticadas. Procedeu-se à mensuração da concentração sérica de SAA e IGF-1 nestes animais, recorrendo às técnicas laboratoriais de nefelometria e quimioluminescência, respetivamente. Foi possível constatar que a maior parte das concentrações de SAA obtidas do grupo de estudo (2,3536 ± 3,7319 mg/L) se encontraram dentro do intervalo de referência determinado (1,8 ± 2,3 μg/mL). Relativamente às concentrações séricas de IGF-1 dos gatos estudados (226,33 ± 91,47 μg/L), todas elas estiveram dentro do intervalo tido como referência para esse parâmetro (<795 ng/mL). Até ao momento e, sendo do conhecimento dos autores, nunca tinham sido reportados os valores séricos de SAA e IGF-1 em gatos com GECF. Os resultados obtidos neste estudo indiciam que ambos os biomarcadores inflamatórios não são os mais indicados no momento do diagnóstico de GECF, não permitindo determinar o estadio inflamatório sistémico associada a esta doença.
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