Conhecimento e Autocuidado da Pessoa com Diabetes Tipo2 - Contributo do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na Prevenção Holística da Úlcera de Pé Diabético

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cairrão, Alexandre J N
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/5330
Resumo: Enquadramento: A diabetes tipo 2 é hoje uma doença com elevada prevalência, responsável por causar complicações que têm um impacto significativo na taxa de morbilidade e mortalidade das pessoas com a doença. Entre as complicações, o pé diabético assume-se como um problema impactante na saúde destas pessoas. As pessoas afetadas pela doença devem estar capacitadas para responder a esta problemática, devendo possuir conhecimento e realizarem atividades de autocuidado que previnam o desenvolvimento desta complicação. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento sobre a diabetes, o nível de conhecimento sobre autocuidado aos pés na prevenção de ulceração e o nível de adesão às atividades de autocuidado relativamente à gestão da doença e prevenção de complicações nomeadamente a nível dos pés, das pessoas com diabetes tipo 2. Métodos: Estudo quantitativo, transversal, com carácter descritivo-correlacional, realizado com uma amostra não-probabilística por conveniência de utentes inscritos e com diabetes tipo 2, de uma UCSP da região Centro de Portugal. A recolha de dados foi efetuada através de inquérito por questionário, o tratamento destes foi realizado através do SPSS 24.0. Foram ainda cumpridos todos os pressupostos éticos. Resultados: Dos 176 participantes, 50,6% eram homens e 49,4% eram mulheres, a média de idades era de 69,3 anos (± 10,03). Verificou-se que 40,3% dos participantes apresentavam conhecimento escasso sobre a diabetes, 39,2% conhecimento escasso sobre autocuidado aos pés e ainda 33% apresentavam baixa adesão ao autocuidado com a diabetes. Relativamente ao conhecimento sobre a diabetes, concluímos que os participantes mais novos possuíam melhor conhecimento. Entre os participantes insulinotratados (IT) as mulheres demonstraram melhor conhecimento. Verificámos ainda que quanto maior fosse o nível de escolaridade maior era o nível de conhecimento nos participantes não insulinotratados (NIT). Quanto a adesão as atividades de autocuidado os participantes IT e os que possuíam maior escolaridade apresentaram maior adesão e pelo contrário, a presença de hipercolesterolémia, de hábitos alcoólicos ou obesidade revelou menor adesão. Conclusões: Verificámos que cerca de metade dos participantes apresentaram conhecimento escasso sobre a doença, mais de um terço apresentaram conhecimento escasso sobre as atividades de autocuidado aos pés, e cerca de um terço possuíam uma baixa adesão às atividades de autocuidado com a diabetes. As lacunas identificadas reforçam a necessidade de os enfermeiros especialistas em enfermagem comunitária investirem na educação e capacitação da comunidade com diabetes. A melhoria do conhecimento sobre a diabetes, o incremento de conhecimento sobre autocuidado aos pés e o aumento da adesão ao autocuidado com a diabetes permitirá obter ganhos em saúde, melhorar a qualidade de vida das pessoas com esta patologia e diminuir as complicações inerentes aos pés, nomeadamente a ulceração e a amputação.
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