Necessidades de Formação em Neonatologia no Âmbito do Internato Complementar de Pediatria Médica. Uma Experiência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Videira Amaral, João M.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Leal, Frederico, Neves Tavares, Maria das, Silva, Luís Pereira da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5437
Resumo: Introdução: De acordo com os princípios da Educação Médica é sugerido que os formandos participem activamente no processde formação. Não existem dados nacionais divulgados sobre tal participação quanto à identificação das necessidades de formação no âmbito do ensino pós-graduado em Portugal. Objectivo: Avaliar as necessidades de formação dos internos do Internato Complementar ao iniciarem o estágio de Neonatologia quanto a conhecimentos e atitudes. Metodologia: Um questionário anónimo englobando 25 perguntas para resposta aberta sobre tópicos de Neonatologia básica, distribuído aos internos de Pediatria Médica do 3.° ano, em estágio numa unidade neonatal integrada em maternidade de nível terciário. De acordo com normas rigorosas previamente definidas foram considerados 4 tipos de respostas: certa, errada, omissa e incompleta. Resultados: O inquérito foi preenchido pela totalidade dos internos, em número de 39. No respeitante a conhecimentos, > 50% dos internos deram respostas certas às perguntas sobre hipoglicémia, icterícia precoce, prematuridade, doença das membranas hialinas e síndrome de aspiração meconial (5/15 perguntas). Igualmente > 50% deram resposta omissa ou errada a 3 perguntas (3/15): sobre asfixia perinatal, mortalidade perinatal e taxa de mortalidade perinatal em Portugal. Quanto a atitudes, > 50% dos internos deram resposta certa a 5 de 10 questões: prevenção de doença hemorrágica, reanimação na sala de partos, prevenção da infecção, rastreio de sepsis e lavagem das mãos. As respostas erradas ou omissas foram dadas respectivamente por 33% (em relação à lavagem das mãos) e 13% dos internos (em relação ao rastreio de fetopatia infecciosa). Conclusões: Uma vez que uma das principais tarefas de aprendizagem é decidir o que e como aprender, os formadores poderão decidir quanto à elaboração do programa de formação em função da análise das necessidades identificadas pelos próprios formandos. Esta estratégia é susceptível de induzir a auto-aprendizagem.
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