Aferição do adult self report, na sua versão traduzida para português, para a população portuguesa. Comparação dos resultados obtidos com os de vítimas de violência doméstica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/194 http://hdl.handle.net/20.500.11816/194 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo central validar, para a população portuguesa, um instrumento de avaliação do comportamento em adultos, para que numa perspetiva futura este possa ser utilizado por profissionais no âmbito da Psicologia. O Adult Self-Report (A.S.R.) é um dos inventários para adultos que compõe a bateria A.S.E.B.A. (Achenbach System of Empirically Based Assessment). Este questionário que na língua portuguesa foi traduzido para Inventário de Auto-Avaliação do Comportamento para Adultos (I.A.A.C.A.) (Caldas, 2010) destina-se a avaliar o comportamento de adultos com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos. Nesta dissertação foram conduzidos dois estudos: no Estudo 1 pretendeu-se aferir e validar para a população portuguesa o I.A.A.C.A., ou seja, avaliar as suas características psicométricas em termos da sua sensibilidade, validade e fidelidade numa amostra de 400 sujeitos; bem como analisar as relações existentes entre o I.A.A.C.A. e a versão portuguesa do A.B.C.L. (Adult Behavior CheckList) na sua versão traduzida para português, designada por Inventário de Comportamento para Adultos (I.C.A.); No estudo 2 pretendemos analisar a relação existente entre a população geral (n=400) e mulheres vítimas de violência doméstica que habitam em Casas Abrigo (amostra específica) (n=20). A amostra geral é constituída por 400 indivíduos, 125 do sexo feminino (M=25.08, DP= 4.76) e 95 do sexo masculino (M=26.80, DP=4.97) com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos; e 80 do sexo feminino (M=46.51, DP=6.06) e 100 do sexo masculino (M=47.69, DP=6.75) com idades compreendidas entre os 36 e os 59 anos. A amostra específica é constituída por 20 mulheres vítimas de violência doméstica a habitar em Casas Abrigo, com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos. Em ambas as amostras recorreu-se à aplicação do I.A.A.C.A. e do I.C.A., porém e, exclusivamente, no estudo 2, recorreu-se à utilização de uma adaptação do Inventário de Violência Conjugal (I.V.C.) (Machado, Matos & Gonçalves, 2000) de forma a identificar e avaliar os diversos comportamentos abusivos praticados numa relação conjugal e co-relacionar os seus efeitos ao nível dos comportamentos atuais. Os resultados encontrados mostram que: a) Relativamente à sensibilidade dos resultados, concluiu-se que a distribuição das frequências da escala respeita, sensivelmente, uma distribuição normal. b) No que concerne à validade, os resultados obtidos permite-nos considerar a estrutura de dois fatores (Internalização e Externalização) e de oito fatores (Ansiedade/Depressão, Auto-estima, Problemas de Atenção, Impulsividade, Comportamentos de Extroversão, Comportamentos Agressivos, Problemas de Personalidade Anti-social e Características Positivas). c) Em termos de fidelidade, foi possível verificar uma consistência interna bastante satisfatória do instrumento e dos fatores Internalização e Externalização. No entanto, a fidelidade dos oito fatores não é na sua totalidade satisfatória, demonstrando oscilações bastante relevantes. d) A partir da correlação entre o I.A.A.C.A. e o I.C.A. concluiu-se que existe uma correlação muito significativa entre ambos, ou seja, constatou-se que os inter-avaliadores estão em concordância. e) Quando se comparou o Índice Geral de Sintomas do I.A.A.C.A. apresentado pela população normativa com o Índice Geral de Sintomas evidenciado pelas vítimas de violência doméstica contatou-se que estas apresentam mais problemas comportamentais comparativamente à população normativa. Contrariamente, quando comparado os resultados do I.V.C. com o Índice Geral de Sintomas do I.A.A.C.A. verificou-se que as mulheres vítimas de violência doméstica não parecem revelar maior índice de problemas comportamentais. |
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