Uma revisão da literatura científica acerca das características epidemiológicas e clínicas próprias da classe médica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Paulo Jorge Pinto de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/30678
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Epidemiologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
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spelling Uma revisão da literatura científica acerca das características epidemiológicas e clínicas próprias da classe médicaMédicosEpidemiologiaSaúde OcupacionalPerturbações do MédicoMortalidadeSuicídioDepressãoAbuso de SubstânciasDoenças InfecciosasSaúde ReprodutivaTrabalho final de mestrado integrado em Medicina (Epidemiologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.Os médicos são um grupo populacional com características distintas. Enquanto doentes, são marcados por uma baixa taxa de procura de cuidados de saúde, especialmente evidente em questões de saúde mental, e por uma elevada taxa de auto-diagnóstico e automedicação. Estas atitudes são fortemente influenciadas por factores psicossociais, como traços obsessivos ou dependentes, os quais estão frequentemente presentes nestes profissionais, expectativas sociais e profissionais, receios acerca de confidencialidade e a ideia da invulnerabilidade do médico. Epidemiologicamente, são também evidentes algumas diferenças. Os médicos apresentam taxas de mortalidade gerais e específicas menores que as da população em geral, com a excepção do suicídio. Em termos de estilos de vida, algumas das diferenças são para melhor, como as menores taxas de tabagismo, outras para pior, como as reduzidas horas de sono. Quanto a saúde mental, os médicos estão sujeitos a semelhantes taxas de depressão e de abuso de substâncias, mas a elevadas taxas de burnout e a uma probabilidade de suicídio aproximadamente 2 vezes maior que a restante população, facto particularmente notável em médicas. Quanto a doenças infecciosas, os médicos estão submetidos a maiores riscos, como lesões percutâneas e a possibilidade de infecções por agentes transmissíveis pelo sangue. Abordagens adequadas podem minorar este problema. Quanto à saúde reprodutiva são evidentes algumas diferenças relativas a alguns riscos de defeitos congénitos e maior prevalência de eventos adversos, como gravidezes de alto risco e abortos espontâneos Os dados existentes são, contudo, mais escassos do que seria de desejar, e muitas vezes desactualizados ou padecendo de falhas metodológicas. Assim sendo, coloca-se a necessidade da realização de novos estudos. Este artigo revê a literatura existente acerca desta temática, discutindo taxas epidemiológicas de algumas patologias, possíveis razões e possíveis abordagens ao problema do médico enquanto doente. Mais do que estabelecer respostas definitivas, este artigo pretende chamar atenção para o tema e para a necessidade do seu estudo.Physicians are a population group with distinct characteristics. As patients, they are marked by a lower rate of utilization of health care services, which is especially true in regards to mental health issues, and by an increased rate of self diagnosis and self-medication. These are strongly influenced by several psychosocial factors, such as obsessive or dependent personality traits, which are frequently present, social and professional expectations, concerns about confidentiality and the idea of the invulnerability of the physician. In regards to epidemiology, some differences are also evident. Physicians have lower general and specific rates of mortality, the notable exception being suicide. In terms of lifestyle, some differences are for the better, like lower incidence of smoking, and some for worse, like reduced sleep hours. As for mental health, physicians are subjected to similar rates for depression and substance abuse, but to higher rates of burnout and an increased likelihood of suicide, about twice as high as the general population. This is especially evident for women physicians. Concerning infectious diseases, physicians are subject to increased risks, such as percutaneous injuries and the possibility these will lead to infection by blood-borne agents, for example. An adequate approach to this problem may prevent some of its consequences. As for reproductive health issues, some differences are evident regarding risks of congenital defects, and an increased prevalence of adverse events, such as high-risk pregnancies and miscarriages. However, the existing data is scarcer than should be expected, and is often out of date or riddled with methodological shortcomings. Therefore, further study of the topic is required. This article reviews the existing literature on the topic, discussing some epidemiological rates, possible causes and possible approaches to the problem of the physician as patient. More than settling definitive answers, this article intends to summon attention to this issue and the need for further assessment.2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/30678http://hdl.handle.net/10316/30678TID:201631741porBarros, Paulo Jorge Pinto deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:46Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/30678Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:34.917848Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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