Níveis de Atividade Física, Funcionalidade, Qualidade de Vida e Barreiras Percebidas pelos Idosos do Concelho da Guarda.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Sónia C S
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/4907
Resumo: Os benefícios da prática de atividade física (AF) para a qualidade de vida e funcionalidade dos idosos estão amplamente difundidos. No entanto, Portugal continua a ser um dos países com menor prevalência de AF entre a população idosa, escasseando informação neste âmbito em regiões com menor densidade populacional. O objetivo deste estudo transversal consistiu em caraterizar a população idosa do concelho da Guarda relativamente aos níveis de AF, barreiras que lhe estão associadas, capacidades funcionais e perceção da qualidade de vida. A amostra do estudo foi constituída por 234 indivíduos (130 mulheres e 104 homens), residentes no concelho da Guarda. A idade dos inquiridos variou entre 60 e 96 anos (75,2 mais ou menos 8,3 anos). Os indivíduos foram avaliados quanto aos níveis de atividade física (questionário YPAS-PT), parâmetros clínicos e sociodemográficos, composição corporal (Inbody 270), capacidades funcionais [bateria Short Physical Performance Battery (SPPB) e teste de preensão manual] e qualidade de vida (questionário SF-36v2). Verificou-se que 66,3% da amostra apresentava sobrecarga ponderal (44,2% em excesso de peso e 21,1% em obesidade). 46,6% da amostra referiu praticar AF há mais de 6 meses de forma regular e apenas 9% pretende começar a realizá-la, situando-se 13,7% no estado de “contemplação” e 22,6% no de “pré-contemplação”. Os níveis de AF (Scores YPAS-PT) não diferem entre géneros, à exceção do tempo passado em movimento, sendo este mais elevado nas mulheres. Foram observadas diferenças significativas entre os vários escalões etários nas várias dimensões da AF, à exceção do tempo passado em pé. O grupo com idade igual ou superior a 85 anos é o que acumula maior tempo sentado. Na velocidade de marcha aos 4 metros, as mulheres do grupo com mais idade demoram, em média, mais 3,62s do que as do grupo com idade inferior. Também nos homens se verificou um declínio da velocidade de marcha à medida que envelhecem. No teste de levantar e sentar da cadeira 5 vezes, o tempo foi aumentando, sobretudo a partir dos 75 anos, tanto nos homens como nas mulheres. Na força de preensão manual observou-se um efeito negativo da idade, para ambos os géneros. As barreiras mais referenciadas foram o clima desfavorável (56,3%), ter uma lesão ou incapacidade (46,9%), medo de se lesionar (41,4%) ou já serem suficientemente ativos (42,2 %). Importa conhecer as variáveis que caraterizam os idosos do concelho da Guarda, permitindo assim um melhor planeamento de políticas públicas que promovam o aumento da AF e funcionalidade nesta população.
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