Caracterização de casos de lesão medular e a sua relação com a independência funcional e qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Marta Isabel Carqueja Lobato Ferreira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/11951
Resumo: Introdução: As lesões medulares acarretam consigo a problemática da deficiência, as suas respectivas sequelas interferem na qualidade de vida bem como na independência funcional destas pessoas, sendo habitual a existência de limitações que se prolongam ao longo a vida. O presente estudo visa a caracterização de sujeitos com lesão medular há mais de um ano, no que diz respeito à sua qualidade de vida e independência funcional, assim como, a relação entre as variáveis sóciodemográficas (género, idade, estado civil, escolaridade e profissão) e clínicas em estudo (nível, tipo, etiologia e data da lesão). Materiais e Métodos: O presente trabalho apresenta-se como um estudo observacional exploratório descritivo com abordagem quantitativa. A amostra foi formada por indivíduos adultos com lesão medular recrutados através da Associação Salvador e Associação Vida Independente. As medidas instrumentais utilizadas pelo estudo são o questionário sóciodemográfico e clínico, bem com a escala MIF (Granger, Hamilton, Keith, Zielezny, & Sherwins, 1986) e a escala SF-36 (Ware % Sherbourne, 1992). Resultados e Discussão: As análises demonstraram valores satisfatórios. A independência funcional e sua respectiva dimensão física e sóciocognitiva revelam resultados estatisticamente significativos com a variável nível neurológico. No que diz respeito à qualidade de vida esta demonstrou resultados estatisticamente significativos entre a dimensão desempenho emocional e a escolaridade entre o desempenho físico e a profissão e vitalidade e idade. Revelou igualmente valores satisfatórios entre todas as dimensões e o nível neurológico, entre a função social e data da lesão e por último entre a etiologia e função social, vitalidade, dor, saúde geral e mental. Conclusão: Os resultados obtidos com este estudo vêm reforçar a visão de que apesar dos indivíduos experienciarem um evento traumático e aspetos negativos após a lesão medular, há diferentes níveis de percepção de QoL e IF e que estas variam em função de algumas variáveis sóciodemográficas e clínicas. Neste ponto são ainda apresentadas as limitações do estudo e discutidas propostas de trabalhos futuros.
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O presente estudo visa a caracterização de sujeitos com lesão medular há mais de um ano, no que diz respeito à sua qualidade de vida e independência funcional, assim como, a relação entre as variáveis sóciodemográficas (género, idade, estado civil, escolaridade e profissão) e clínicas em estudo (nível, tipo, etiologia e data da lesão). Materiais e Métodos: O presente trabalho apresenta-se como um estudo observacional exploratório descritivo com abordagem quantitativa. A amostra foi formada por indivíduos adultos com lesão medular recrutados através da Associação Salvador e Associação Vida Independente. As medidas instrumentais utilizadas pelo estudo são o questionário sóciodemográfico e clínico, bem com a escala MIF (Granger, Hamilton, Keith, Zielezny, & Sherwins, 1986) e a escala SF-36 (Ware % Sherbourne, 1992). Resultados e Discussão: As análises demonstraram valores satisfatórios. A independência funcional e sua respectiva dimensão física e sóciocognitiva revelam resultados estatisticamente significativos com a variável nível neurológico. No que diz respeito à qualidade de vida esta demonstrou resultados estatisticamente significativos entre a dimensão desempenho emocional e a escolaridade entre o desempenho físico e a profissão e vitalidade e idade. Revelou igualmente valores satisfatórios entre todas as dimensões e o nível neurológico, entre a função social e data da lesão e por último entre a etiologia e função social, vitalidade, dor, saúde geral e mental. Conclusão: Os resultados obtidos com este estudo vêm reforçar a visão de que apesar dos indivíduos experienciarem um evento traumático e aspetos negativos após a lesão medular, há diferentes níveis de percepção de QoL e IF e que estas variam em função de algumas variáveis sóciodemográficas e clínicas. Neste ponto são ainda apresentadas as limitações do estudo e discutidas propostas de trabalhos futuros.Introduction: Spinal cord injury modifies the individual's body, causing a problem of disability. The consequences of such injuries affect the quality of life and functional ability of these people, with the usual dependence on carers as well as the existence of limitations that extend along the life. This study aims to characterize subjects with spinal cord injury over than a year, with regard to its quality of life and functional independence, as well as the relationship between the socio demographic variables (gender, age, marital status , education and profession), and the clinic variables (time of injury, cause of injury, extent of injury and neurological level).Materials and Methods: The present work is characterized as a observational exploratory descriptive study with quantitative approach. The sample will consist of adult individuals with spinal cord injury recruited by “Salvador” and “Vida Independente” Association. The instrumental measures used by the study are the clinical and socio demographic questionnaire: MIF Scale developed by Granger, Hamilton, Keith, Zielezny, & Sherwins (1986) and the SF-36 scale, developed by Ware e Sherbourne in 1992. Results and Discussion: The analysis shows satisfactory values. The functional independence and their dimensions reveal relationship only with the neurological level. With regard to the quality of life is revealed significant statistically results between emotional performance dimension with education, also between physical performance and vitality and between profession and age. There are relationships between all the dimensions and the neurological level, between social function and date of injury. The etiology reveal association with the social function, vitality, bodily pain, general and mental health.Conclusion: The results of this study reinforce the recent view that despite the individuals experienced a traumatic event and negative aspects after spinal cord injury, there are different levels of perception of QoL and IF and these vary according to some sociodemographic variables and clinics. One of the limitations of the study has to do with the shortage of data for LVM samples. Despite growing empirical evidence that has emerged there is still a long way to go. At this point it is also represented the limitations of the study and discussed some proposals for future investigations.Simões, Maria Celeste RochaPedro, LuísaRepositório da Universidade de LisboaOliveira, Marta Isabel Carqueja Lobato Ferreira2016-08-04T15:37:31Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/11951TID:201932164porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:42:10Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/11951Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:58:09.830393Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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