O impacto da intervenção psicomotora na autoestima e perfil psicomotor de idosos institucionalizados

• Autor(a) principal: Pinto, Tânia Alexandra Teixeira
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/6488
• topic: Idosos; Autoestima; Intervenção psicomotora; Perfil psicomotor

O presente estudo tem como objetivo principal verificar o impacto da Intervenção Psicomotora na autoestima e perfil psicomotor de Idosos institucionalizados. Para o esclarecimento deste objetivo foram realizados dois estudos experimentais um transversal e um longitudinal. Em ambos os estudos os Instrumentos utilizados foram o Exame Gerontopsicomotor para avaliar o perfil psicomotor, a Escala de autoestima de Rosenberg, o MiniMental State Examination para a função cognitiva, o índice de Barthel para a independência nas Atividades Básicas de Vida Diária. No segundo estudo, estes dois últimos instrumentos foram utilizados apenas para a caracterização da amostra. No primeiro estudo, do tipo transversal, tínhamos como objetivos foram comparar a autoestima, independência nas Atividades básicas da Vida Diária (ABVD), função cognitiva e perfil psicomotor em idosos com e sem Intervenção Psicomotora. Compreender as relações entre as variáveis em estudo. A amostra foi constituída por 21 idosos institucionalizados em Vila Real (18 do género feminino e 3 do género masculino) com idades compreendidas entre os 67 e os 91 anos (78,27±7,99). Da amostra, 10 idosos (47,6%) frequentaram sessões de Psicomotricidade, 3x/semana, durante 6 meses. Depois de analisados os resultados verificámos que os idosos do grupo experimental obtiveram resultados significativamente melhores no perfil psicomotor total, já na autoestima as diferenças não foram estatisticamente significativas. Analisando os domínios do perfil psicomotor, o grupo experimental obteve resultados significativamente melhores na mobilização articular dos membros superiores (p=0,002) e inferiores (p=0,029), motricidade fina dos membros superiores (p=0,02), praxias (p=0,013), conhecimento das partes do corpo (p=0,02) e memória verbal (p=0,043). Relativamente ao segundo objetivo deste estudo, verificar as relações entre as variáveis, verificámos que a função cognitiva se relaciona com as praxias (p=0,001), com a memória percetiva (p=0,00), com o domínio espacial (p=0,002), com a memória verbal (p=0,00), com a perceção (p=0,002),com o domínio temporal (p=0,00) e com a comunicação (p=0,04). Também, a independência se correlaciona com o equilíbrio estático1 (p=0,03), equilíbrio dinâmico1 e 2 (p=0,00). No segundo estudo, do tipo longitudinal, o grupo de controlo do estudo anterior frequentou um Programa de Intervenção Psicomotora durante 6 meses. Este estudo teve como objetivo verificar o impacto do Programa no perfil psicomotor e autoestima dos idosos. A amostra foi composta por 9 idosos institucionalizados na cidade de Vila Real com idades entre os 68 e os 91 anos (78,6±8,2), com um tempo de institucionalização médio de 14,3±14,94 meses. O grupo era constituído por 8 indivíduos do género feminino e 1 do género masculino. Após 6 meses de Intervenção Psicomotora verificámos melhorias significativas no perfil psicomotor total (p=0,017) e especificamente nos seguintes domínios: motricidade fina dos M.I. (p=0,018), vigilância (p=0,016), Domínio espacial (p=0,034), memória verbal (p=0,011), Perceção (p=0,026), Mobilização articular dos M.S (p=0,027) e dos M.I. (p=0,041). Também ao nível da autoestima observámos melhorias significativas (p=0,043). Em ambos os estudos realizados verificámos que a Intervenção Psicomotora teve um impacto positivo no perfil psicomotor total dos idosos. Concluímos assim que a Intervenção Psicomotora poderá ter um papel importante no Processo de Envelhecimento.