Perfil psicopatológico de heroinómanos em tratamento com metadona, em duas condições: consumidores e não consumidores de crack

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roque, Hugo Renato de Jesus Teixeira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/28630
Resumo: A Organização Mundial de Saúde (OMS, 1995) refere-se à co-morbilidade, como sendo a coocorrência no mesmo indivíduo de uma perturbação por uso de substâncias psicoativas (SPA’s) e uma outra perturbação psiquiátrica. É cada vez mais generalizada a ideia, por parte dos profissionais que trabalham nas equipas de tratamento, da existência de problemáticas psicopatológicas não caraterizadas e que afetam o processo de reabilitação de heroinómanos. Decorrente desta constatação e da necessidade sentida na prática clínica, decidiu-se levar a cabo um estudo de natureza transversal com o objetivo geral de avaliar a existência de co-morbilidade entre toxicodependência e psicopatologia, com vista a uma melhor adequação e qualidade de intervenção da equipa multidisciplinar de tratamento ambulatório no Centro de Respostas Integradas de Aveiro (CRIA). A amostra selecionada a partir dos dados constantes do Sistema Integrado Multidisciplinar (SIM), incluiu 80 indivíduos heroinómanos, de ambos os sexos, em Tratamento de Substituição Opiácea (TSO) com Metadona, na equipa de tratamento do CRIA, os quais responderam a um questionário sóciodemográfico e ao Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI) de Derogatis (1993, com aferição portuguesa de Canavarro e colaboradores, 1999). Os resultados evidenciaram existir co-morbilidade na amostra total de heroinómanos em TSO, situando-se o seu perfil psicopatológico acima da população normativa portuguesa e, entre grupos, a amostra de heroinómanos em TSO, que mantém consumos concomitantes de crack apresenta um perfil psicopatológico superior ao daqueles que, também em TSO, não mantêm tais consumos. São referidas algumas implicações do presente trabalho, nomeadamente alertar para a necessidade de avaliar a psicopatologia nesta população, de modo a melhor promover estratégias de intervenção ainda mais eficientes.
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